Umas bestas!
Tive dois
filhos e, por eles e pela mãe, fui muitas vezes à praia, que detesto, e almoçar
a restaurantes ao fim-de-semana, que também não “curto”, neste caso porque a minha
actividade profissional me obrigava a fazer a maior parte das refeições fora de
casa.
E nunca
aceitei o “à vontade” com que muitos pais permitem e desculpam as “alarvidades”
das suas crias, usando expressões como “são crianças”, quando algum reparo lhes
é feito; é verdade que são crianças, mas os pais já não têm desculpa para se
comportarem como tal!
Acompanhei
pelo jornal aquele caso da miúda do Porto que ficou gravemente mutilada num
restaurante, porque aqueles pais de merda a deixaram solta, correndo por entre
as mesas, incomodando todo o mundo e entrando numa zona interdita, de que
resultou ter chocado com uma empregada que transportava uma panela com líquido
escaldante, ficando as duas queimadas.
E aqueles
pais irresponsáveis ainda processaram o restaurante, que foi condenado a pagar
uma indemnização absurda; e a criança, hoje adolescente, ainda sofre as sequelas
do comportamento “criminoso” de quem a pariu para o mundo.
Isentar
aquela subespécie de pais, como fez o juíz que condenou o restaurante, causou-me
estupefacção, porque conheci muitos casos que só não deram tragédia por acaso,
sem que os restaurantes tivessem forma de se defender, a menos que afixassem à
porta “proibida a entrada a crianças”!
De facto, que
espécie de gente é esta que se arroga o direito de soltar os filhos numa sala
de refeições pública, correndo por entre as mesas e abanando-as, entornando
comida para cima das pessoas, chocando com empregados que transportam travessas
de comida quente, e não têm outra coisa a dizer que não seja “são crianças”?!
Foi a “opinião”
da jornalista do JN, Margarida Fonseca, com o título “Soltos”, na página “Praça
da Liberdade” de hoje, 26 de agosto, que me espoletou o texto acima. Transcrevo
do seu escrito: “O restaurante estava cheio, os empregados, numa roda-viva,
traziam perigos pelos braços. Perigos
para quem está fora do alcance dos seus olhos. Da cozinha vinham sopas, tachos,
xícaras”.
Amândio G.
Martins
Completamente de acordo.
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