Com
auxílio da Rússia e do Irão,o governo da Síria, já controla 98%
do seu território. Na iminência da tomada do ultimo bastião do
“Estado Islâmico”, a cidade de Raqqa, e do aniquilamento daquela
organização criminosa, a coligação internacional liderada pelos
EUA, foi em seu socorro, fornecendo e escoltando com aviões e drones
a coluna de 50 camiões (10 dos quais carregados de armas e
munições), 13 autocarros e mais de uma centena de veículos do
próprio EI. Foi a insuspeita BBC quem o disse.
O
regime da Coreia do Norte não será recomendável. E, submetido a
pressões, ameaças e bloqueios pelos EUA e aliados seus, reage como
e com o que sabe. Mas, é quem protege, para usar, assassinos tão
cruéis como o dos EI ou os Talibãs ( no Afeganistão) para ajudar a
derrubar governos que não se lhes submetem, que tem o direito ou
autoridade moral, para substituir seja que regime ou governo for? E
a estes, poderíamos acrescentar tantos outros casos. Por exemplo, o
Iraque, que invadiram e destruíram sob o pretexto de descaradas
mentiras. A Líbia, que transformaram num caos e depósito de armas
para os grupos terroristas que a controlam; e até, onde escravos já
se traficam. Ou agora, quem ameaça incendiar ainda mais o Médio
Oriente reconhecendo Jerusalém, a cidade sagrada tanto para judeus
como para muçulmanos e até para cristãos (desde que alinhavo estas
palavras, estamos a horas dessa esperada decisão) como capital do
seu aliado Israel, ou quem abandona a UNESCO, o Pacto da ONU Sobre
Refugiados e ameaça rasgar o Pacto Nuclear com o Irão.
Portanto,
quem é que tem o direito de substituir ou manter regimes ou
governos, se não os respetivos povos desses países? Claro que tais
regimes ou governos autocráticos, devem ser denunciados, criticados
e até hostilizados. Mas, é quem define a natureza dos mesmos, quem
desrespeita o Direito Internacional, quem usa e abusa das práticas
acima descritas, que o deve fazer?
Francisco
Ramalho
Corroios,
30 de Novembro de 2017
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