Ascensão do homem forte
Com o título de capa “Rise of the strongman” , a Time traz as
carantonhas de Putin, Duterte, Orban e Erdogan e referências a vários outros ao
longo de quatro páginas - como Macron, Xi Ginping, Daniel Ortega, Maduro, Abdul al Sisi - onde o autor do artigo, Ian Bremmer, escalpeliza as
razões por que estes homens têm a preferência de cada vez mais gente.
Reportando-se às convulsões dos anos 60, de que Hollywood
tirou partido, permito-me transcrever inteiro o primeiro parágrafo::
“In
response to the social upheavals of the 1960, Hollywood produced a series of highly popular
“angry man” crime dramas in the 1970. These are the stories of vigilantes and
renegade cops, played by the likes of Clint Eastwood and Charles Bronson, who
push past weak –willed bureaucrats, corrupt politicos and political correctness
to restore justice in violent times. THESE ARE MEN WHO NEVER LET LAW
UNDERMINE ORDER”.
Estes populistas grosseiros são tudo farinha do mesmo saco,
embora os de direita se distingam por ter Trump como guia espiritual que, de
resto, não lhes regateia “likes”; alcançam o sucesso com promessas de nos
protegerem contra “eles”, o inimigo a combater, criando assim um cada vez maior
número de aderentes à sua filosofia de governança musculada. E“eles” representam imensa gente: o estrangeiro, minorias raciais e religiosas,
políticos da oposição, juíses, jornalistas, etç.
Dez anos atrás, a revolução nas tecnologias de informação
surgia como forma de dar ao povo mais conhecimento e poder de intervenção; só
que os autocratas depressa descobriram maneira de subverter a coisa, criando
todo o tipo de entropias à livre circulação de ideias e instituindo a sua
própria rede: tiram às suas populações o acesso livre à internet, substituido-a
pela “intranet”, onde só passa o que eles querem...
Amândio G. Martins
O último parágrafo do seu texto é exemplo das técnicas que os poderes (ou no singular?) sempre "torcem" mesmo aquilo que parece ser um bem para todos. Quando parece ser bom... "pimba"!
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