Foi exibida na RTP2 a série
«Bairro Financeiro», uma produção suíço-belga, retratando situações num banco
suíço, peripécias e segredos bancários, bem como na família (Grangier) a quem o
mesmo banco pertencia.
O sigilo bancário suíço, a
galinha dos ovos de ouro, é posto em causa por alguma comunidade internacional,
criando pânicos, revelando offshores, meandros de corrupção, com luvas a
governante francesa por opção por vacina de multinacional que se revelou mortal
para algumas crianças.
Complica-se e deteriora-se a
actividade do banco, a que se junta luta familiar pela sua liderança, tudo
desembocando no seu encerramento e prejuízo para clientes, sem nada acontecer
aos seus responsáveis, a começar pela família que o detinha, que aproveita a
crise para se reconciliar e relançar noutros negócios. No final fica um amargo
sabor de impunidade.
A situação na banca privada em
Portugal nas últimas décadas, de que se destaca o ex- banco familiar Espírito
Santo, fundamentaria forte argumento para uma série sobre bairro financeiro
lusitano, com os mesmos ou parecidos ingredientes bancários e familiares, e com
o amargo sabor da impunidade que continua a existir.
Mais ainda (a ficção é igual à realidade...), no final, a irmã e o irmão ( que afinal não o eram de facto, numa teia de grandes e pequenas traições pessoais e de negócio), sendo que ela era dada como a "boa da fita", vão (re)fundar um... Banco Ético (sic)!
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