A 2 de Maio de 1919, são encetadas em Lisboa diversas greves reivindicando aumentos salariais e melhores condições de trabalho, incentivadas, em parte, pelas manifestações do 1.º de Maio, a que muitos trabalhadores ocorreram por ter havido tolerância de ponto. Para além dos transportes públicos anteriormente referenciados, fizeram greve, entre outros, os serviços de limpeza das ruas, os enterramentos e a distribuição de água canalizada.
Fonte: A Capital n.º
3108, de 03-05-1919, p. 2, colunas 5 e 7
Na Capital do dia seguinte, em
editorial com o título “momento grave”, o articulista, alinhando pelo ponto de
vista do governo, afirma:
«Estamos, na realidade, ameaçados duma
paralisação geral do trabalho […] Por muito boa vontade que o governo tenha de
atender determinadas pretensões, elas excedem todas as suas disponibilidades
[…] o aumento dos salários não é remédio eficaz para as dificuldades da vida
[…] Mercê do aumento de salário em algumas classes, a vida encareceu ainda mais
e, dentro em pouco, os operários notavam que o benefício […] fora mais aparente
do que real, porque a sua situação se tornara ainda pior do que dances».
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