O PÚBLICO tem trazido entrevistas diárias com várias personalidades, de que destaco uma, por minha conveniência. Dia 30/7, com o Bispo Carlos Azevedo. Quanto ao entrevistado, devo fazer uma "declaração de interesses": não gosto do homem. Porque há uma história no seu curriculum que está muito mal contada, que envolveu o padre Zé Nuno ( e não digo alegadamente porque este, depois duma reportagem da VISÃO em que denuncia o bispo por assédio sexual, não se retrata, depois, para o público, embora o tivesse feito no "santuário"). Mas não gosto também pelo tom "ambivalente" que denuncia nesta entrevista, onde.a propósito do seu último livro, denuncia a Inquisição mas... também vai dizendo que existiam os autos de fé mas que quem queimava os "proscritos" na fogueira era.... o braço secular, discretamente. E ainda que "os livros de História devem ser revistos..." e também que "o poder é necessário e é um serviço" ( aqui, admito que sou eu que conoto muito mal a palavra poder, mormente quando ele é elogiado por alguém que o exerce numa instituição como a Igreja de Roma).
Termino duma forma algo "abstrusa". Como CA diz que buscou muitas fontes ao Arquivo do Vaticano e, por coincidência, o agora Bispo Tolentino de Mendonça foi nomeado director daquele, faço votos que esta abertura do Arquivo à investigação (toda...) seja o virar de página daquilo que, em ficção, Dan Brown nos contou nos "Anjos e Demónios", onde só havia portas fechadas até chegar a Galileu...
Fernando Cardoso Rodrigues
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