Conversa com substância...
Gosto de artistas como Pedro Abrunhosa; comecei a
prestar-lhe atenção quando, no auge do cavaquismo, ergueu a sua música contra
aquela porcaria de política, de pretenso “capitalismo popular”, como se uma
coisa assim pudesse ser algo mais que uma aberrante aberração, passe a redundância.
Abrunhosa não hesitou em apontar o rei nu e acordar as
consciências adormecidas; numa entrevista de seis páginas – texto e fotos – à Notícias Magazine, dá gosto ler o que diz, realçando o
contraste entre Marcelo e Cavaco e referindo os mais recentes movimentos
deste: “Numa altura em que é completamente irrelevante e inútil, edita um livro
que é igualmente irrelevante e inútil”.
O que tem feito Abrunhosa, com os seus poemas e a sua música,
contrasta com tantos “revolucionários” de balcão de bar, que queimam a vida a
gritar “abaixo isto, morra aquilo”, delirando com as destruições provocadas
pela bandidagem que se aproveita das
legítimas reacções e manifestações dos povos para mostrar descontentamento com
o estado das coisas, nem lhes passando pela cabeça que são sempre os mais frágeis,
de uma forma ou outra, quem paga a reposição do destruído...
Amândio G. Martins
Sem comentários:
Enviar um comentário
Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.