quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Faça-se justiça


Os caudais de tinta que correram a propósito da substituição ou manutenção de Joana Marques Vidal (JMV) na Procuradoria-Geral da República, quando o seu mandato se aproximava do fim, não impedem que muitos, entre os quais me incluo, continuem a debater o assunto. É o caso de Nuno Garoupa, que, em Outubro passado, no congresso da Tendência Esperança em Movimento (CDS), se ocupou de “justiça e corrupção”, em conferência de que agora deu contas públicas em dois textos no Público. Entre muitas outras coisas deveras importantes, retive que, continuando ele a fazer um balanço positivo do mandato de JMV, sobretudo pela abertura de muitos inquéritos, a verdade é que, em termos de resultados, “temos uma mão cheia de nada”, com os casos mais importantes que refere a marcar passo. Depois de seis anos de mandato, “não há uma estratégia nacional contra a corrupção”, palavras de JMV (culpa só dos políticos?), e a morosidade impera, como sempre. Atrevo-me a acrescentar que, no tocante ao segredo de justiça, se as coisas não pioraram, melhor é que não ficaram. 

Público - 25.11.2018

1 comentário:

  1. Na parte que dizia respeito à santa senhora, o "segredo de justiça" transformou-se num degradante show de lixo televisivo e primeiras páginas de nojentos tablóides...

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