Ainda me lembro de na década de sessenta juntar-se o pessoal que procurava trabalho no campo das cebolas em Lisboa, e depois apareciam por lá os capatazes e gritavam:
Amanhã chega um barco, quem quer ir para a estiva?.
Quantos dias perguntava alguém.
Um dia ou dois,dizia ele.
Com o 25 de Abril pensou-se que trabalhar a jornal era apenas no campo.
Afinal hoje estou a assistir às mesmas cenas, só que agora o capataz manda um SMS.
Os estivadores por vezes abusam, mas manter um homem 20 anos na corda bamba sem saber se no dia seguinte vai ou não trabalhar não é próprio de país civilizado.
Quintino Silva
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