O que é que
leva uma pessoa que, certamente, já tem tudo o que o dinheiro pode comprar,
possuidora de muitos milhões, a querer arriscar-se a um desprestígio enorme,
levando a uma queda aparatosa do pedestal que muitos lhe ergueram para lá o
colocarem? Provavelmente, só acrescentar mais uns milhõezitos ao pecúlio “arduamente”
angariado ao longo de uma vida de sacrifício e entrega total ao trabalho. Ambicionaria
Carlos Ghosn, “patrão” todo-poderoso da Renault-Nissan-Mitsubishi, comprar um
Ferrari (provavelmente não, porque seria fazer publicidade à concorrência),
passar a viajar em jacto privado em vez de partilhar a incomodidade dos aviões
comerciais, comer caviar às colheradas, melhorar as prendas de Natal dos netos,
se é que os tem? Que raio de coisa quereria ele que, assoberbado no trabalho
ininterrupto, de sol a sol (do dia seguinte), nem tempo tem para um pequeno
desvario que lhe saia do bolso? Com todo
o respeito pelos autênticos doentes mentais, ninguém me convence que Ghosn não
tem um forte desequilíbrio da mente, impregnado do sacrossanto princípio
neoliberal de que se se pode ter mais, deve-se fazer tudo para consegui-lo. A
acumulação desbragada é um vício de personalidade e, para mim, revela que o
personagem em questão, além de doente, é um rematado parvo: pensava que
escaparia para sempre, sem ninguém dar pelo roubo?
JN - 12.12.2018 (com muitas alterações, incluindo o próprio título "Este Carlos já não é magno").
JN - 12.12.2018 (com muitas alterações, incluindo o próprio título "Este Carlos já não é magno").
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