Graças e desgraças...
O JN mostra dois casos de mulheres portuguesas emigradas,
com situações bem distintas uma da outra; a primeira, Sílvia, de Vila do Conde,
emigrou para Inglaterra porque, acabada a formatura em enfermagem, não
arranjava um lugar digno onde pudesse ganhar a vida e ser útil à sociedade.
Passados 4 anos de dedicação à profissão foi premiada como a melhor enfermeira
de Cuidados Continuados do Leste de Inglaterra e uma das cinco melhores do
país.
Na página seguinte, o jornal revela o desfecho daquele caso
dramático há tempos noticiado: Rosa Maria, da Póvoa de Lanhoso, trazia na
bagageira do carro uma filha sua escondida de todos desde que nasceu, a quem
comprometeu a vida para sempre, pois não há recuperação possível para as
sequelas advindas dos maus tratos a que submeteu a inocente.
Este caso chocou a França, onde o julgamento se concluíu
agora com a condenação da criatura, embora com uma pena muito leve para tanto
mal feito a um ser humano da sua própria carne; todavia, esta infeliz talvez
precisasse era de ser internada para tratamento específico, já que com o
nascimento dos outros três filhos anteriores também parece ter havido
comportamento anormal...
Amândio G. Martins
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