segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Selfies às horas extraordinárias na Presidência da República



Em 2017, a Presidência da República gastou no pagamento de horas extraordinárias, 523 mil euros.
Essa importância corresponderia à contratação de 54 trabalhadores, a quem se pagasse o salário mínimo nacional de 2017 (557 euros).
Para a hipótese dum salário médio de 900 euros, o número de horas prestadas seria de 87166, o que corresponderia à contratação de 47 trabalhadores com o horário de 35 horas. 
A quantia gasta em horas extraordinárias de 2017 esteve na média do verificado nos últimos anos, tendo só um acréscimo de 70 mil euros em relação a 2016.
A importância paga de horas extraordinárias daria em média mais 3396 euros para cada um dos 154 funcionários da Presidência da República, o que corresponde individualmente à prestação de 566 horas, equivalente a 16 semanas de 35 horas
Na Presidência da República, como na administração pública e empresas, o recurso a horas extraordinárias substitui a admissão de pessoas, não se combatendo assim um desemprego que atinge centenas de milhares de pessoas em Portugal, um problema grave a merecer redobrada atenção.
Os salários baixos facilitam o interesse patronal e a disponibilidade de trabalhadores para trabalho extraordinário. Na administração pública não há aumento salarial há dez anos.

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