Em 2017, a Presidência da
República gastou no pagamento de horas extraordinárias, 523 mil euros.
Essa importância
corresponderia à contratação de 54 trabalhadores, a quem se pagasse o salário
mínimo nacional de 2017 (557 euros).
Para a hipótese dum salário
médio de 900 euros, o número de horas prestadas seria de 87166, o que
corresponderia à contratação de 47 trabalhadores com o horário de 35
horas.
A quantia gasta em horas
extraordinárias de 2017 esteve na média do verificado nos últimos anos, tendo
só um acréscimo de 70 mil euros em relação a 2016.
A importância paga de horas
extraordinárias daria em média mais 3396 euros para cada um dos 154
funcionários da Presidência da República, o que corresponde individualmente à
prestação de 566 horas, equivalente a 16 semanas de 35 horas
Na Presidência da República,
como na administração pública e empresas, o recurso a horas extraordinárias
substitui a admissão de pessoas, não se combatendo assim um desemprego que
atinge centenas de milhares de pessoas em Portugal, um problema grave a merecer
redobrada atenção.
Os salários baixos facilitam o
interesse patronal e a disponibilidade de trabalhadores para trabalho
extraordinário. Na administração pública não há aumento salarial há dez anos.
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