Quatro orçamentos...
Foi um acordo que vai ficar por muito tempo atravessado na
goela da Direita que, três anos passados, ainda não se refez do arrepio sofrido;
do seu arsenal de maledicência esgotaram as pragas todas contra quem se
atreveu, “sem ganhar as eleições”, como continuam a ganir, a “roubar-lhes” um
Poder que eles queriam garantir até, pelo menos, “completar a obra”, como “futurava”
um tal Montenegro.
Três orçamentos e muitas metas cumpridas depois, os agoiros
da Direita rebentaram-lhes na boca, não lhes restando outra coisa que não seja
explorar até à náusea os incidentes de percurso, que só não aconteceram com
eles por serem outros a governar, como facilmente qualquer um percebe.
A esta Direita sem vergonha, para quem os orçamentos não
passavam de pró-forma, recorrendo sistematicamente aos remendos rectificativos,
caberia aprender como se faz, mas isso era se tivesse vergonha; como não a tem,
desgasta-se a pôr defeitos em tudo, não tendo ainda percebido que a realidade
os desmente a cada momento...
Amândio G. Martins
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