sábado, 10 de novembro de 2018


Da pequenez dos grandes...


A imagem do homem de pensamento generosamente dedicado à humanidade e feito farol dos comportamentos colectivos é um mito que o tempo ajudou a cimentar; mas o jornalista inglês Paul Johnson investigou alguns dos que viveram mais próximo de nós e descobriu-lhes muitas fraquezas, desvendadas num livro há anos publicado.

Diz que Rousseau era mitómano, exibicionista, paranóico, cleptómano e avarento. O seu decantado amor pelo género humano não o impediu de tratar com total desprezo a sua amante, Thérese Lavasseur, que o aturou por mais de trinta anos; e apesar das suas teorias, no “Contrato Social”, terem influenciado a educação infantil, despachou os filhos para a roda dos meninos abandonados.

Jean-Paul Sartre gostava de coisas caras, de cabarés e mulheres, chegando a ter quatro amantes ao mesmo tempo, usando a sua cátedra para obter os favores das alunas, a quem levava a todo o tipo de excessos, não os escondendo nem da mulher, Simone de Beauvoir, que também lhe pagava na mesma moeda.

Marx era violento, pessimista em relação à humanidade e roubou ou plagiou todas as obras que lhe são atribuídas. Segundo o autor, Marx nunca visitou uma fábrica, uma mina ou uma simples oficina, pois raramente saía à rua; e quando o fazia era para pedir dinheiro emprestado e comprar a crédito, que nunca pagava, assim como nunca pagou à criada que o serviu por 45 anos.

Bertrand Russell apoiou todos os movimentos de emancipação das mulheres mas nunca acreditou verdadeiramente na igualdade entre homens e mulheres; tratava as suas com pouca cortesia, era avarento com o dinheiro, exigindo 3 libras por um autógrafo, 150 por uma entrevista e arranjava sempre maneira de não contribuír para obras sociais.

Tolstoi era viciado no jogo e na bebida e nem um filho que teve com uma empregada ensinou a ler, fazendo-o cocheiro do seu filho “legal”; com 34 anos e uma doença venérea, casou com uma rapariga de 18 que, ignorando a doença dele, não conseguia levar uma gravidez até ao fim, sofrendo sucessivos  abortos, dos quais ele a culpava...


Amândio G. Martins

2 comentários:

  1. Bom, o livro que referi não foi cá publicado, foi só comentada a sua publicação em França, por Edições Laffond, mas certamente que o autor terá nele deixado as referências em que se apoiou para dizer, de Marx, que "Os proletários não têm pátria", foi roubado a Jean-Paul Marat, uma figura da Revolução francesa e criador do jornal "O amigo do povo"; "A religião é o ópio do povo", foi roubado a Heinrich Heine, escritor e poeta alemão; "De cada um segundo as suas possibilidades, a cada um segundo as suas necessidades", foi roubado a Louis Blanc, escritor e político francês; "Ditadura do proletariado" e "Operários de todo o mundo, uni-vos", foi roubado a Adolphe Blanqui, economista francês.

    Isto foi o que autor do tal livro - "A grande mentira dos intelectuais" - terá escrito, segundo o que foi cá comentado há já bastante tempo e eu retive apontamento...

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