Nada de novo...
A gestão do futebol de grande parte dos clubes cá da terra é
de uma tal indigência, apesar de lidarem com milhões, que dificilmente
acontece ganharem alguma coisa que os
projecte à escala internacional; e quando isso acontece ficam todos tão embriagados
com o sucesso momentâneo que se esquecem que já foi.
As escolas dos clubes funcionam como uma espécie de criação
de cavalos que, quando começam a dar nas vistas, ainda “potros” com muito para
aprender, é certo que vão tirar o sono aos donos, tal o assédio que os novos génios
começam a enfrentar por olheiros de “olhão”, que vêem ali uma oportunidade de
ouro.
E se ao rapaz, ao ser “lançado” com a equipa principal, uma
bola lhe bate acidentalmente na canela e entra, então sucedem-se os disparates;
renova-se imediatamente o contrato com uma cláusula de rescisão astronómica, supostamente
para proteger os interesses do clube; acontece que a dita cláusula quase
nunca rende nada, porque acabam por vender o “craque” numa espécie de leilão
que pouco rende; e se o rapaz se revelar mesmo bom, vai dar muito dinheiro mas é
a outros.
O novo presidente do Sporting, como está num clube rico, ainda não aqueceu o lugar e já vai no terceiro
treinador, porque o que estava não lhe servia - só porque não era o “seu” treinador - e o jóvem
da casa que preencheu o lugar interinamente também não lhe dava garantias de
sucesso; ter contratado um estrangeiro, numa atitude de novo-riquismo, sendo até
obrigado a pagar “luvas” ao clube onde o homem trabalhava, tem tudo para não
dar certo; no entanto, “no pasa nada” porque o dinheiro não é do presidente e
sempre vai aparecendo.
O Real Madrid que, como sabemos, é um clube pobre, ao ver-se
na necessidade de mudar de técnico, com a época em andamento, não foi mais
longe do que ali mesmo, nos escalões secundários do clube; e já anteriormente o
tinha feito, com o sucesso que se conhece...
Amândio G. Martins
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