terça-feira, 20 de novembro de 2018


Nada de novo...


A gestão do futebol de grande parte dos clubes cá da terra é de uma tal indigência, apesar de lidarem com milhões, que dificilmente acontece  ganharem alguma coisa que os projecte à escala internacional; e quando isso acontece ficam todos tão embriagados com o sucesso momentâneo que se esquecem que já foi.

As escolas dos clubes funcionam como uma espécie de criação de cavalos que, quando começam a dar nas vistas, ainda “potros” com muito para aprender, é certo que vão tirar o sono aos donos, tal o assédio que os novos génios começam a enfrentar por olheiros de “olhão”, que vêem ali uma oportunidade de ouro.

E se ao rapaz, ao ser “lançado” com a equipa principal, uma bola lhe bate acidentalmente na canela e entra, então sucedem-se os disparates; renova-se imediatamente o contrato com uma cláusula de rescisão astronómica, supostamente para  proteger os interesses do clube; acontece que a dita cláusula quase nunca rende nada, porque acabam por vender o “craque” numa espécie de leilão que pouco rende; e se o rapaz se revelar mesmo bom, vai dar muito dinheiro mas é a outros.

O novo presidente do Sporting, como está num clube rico,  ainda não aqueceu o lugar e já vai no terceiro treinador, porque o que estava não lhe servia -  só porque não era o “seu” treinador - e o jóvem da casa que preencheu o lugar interinamente também não lhe dava garantias de sucesso; ter contratado um estrangeiro, numa atitude de novo-riquismo, sendo até obrigado a pagar “luvas” ao clube onde o homem trabalhava, tem tudo para não dar certo; no entanto, “no pasa nada” porque o dinheiro não é do presidente e sempre vai aparecendo.

O Real Madrid que, como sabemos, é um clube pobre, ao ver-se na necessidade de mudar de técnico, com a época em andamento, não foi mais longe do que ali mesmo, nos escalões secundários do clube; e já anteriormente o tinha feito, com o sucesso que se conhece...


Amândio G. Martins

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