O direitismo exponenciado do Partido Popular Europeu (PPE), grupo maioritário no Parlamento Europeu, não trava o avanço dos neofascismos. Aliás, protege politicamente Viktor Órban, designado democrata iliberal, eufemismo para não lhe chamar fascista. O PSD, que faz parte do PPE, que se saiba não se demarcou deste apoio repugnante. O Conselho e a Comissão Europeia não agem contra quem cilindra normas basilares da União Europeia (UE). Os neofascismos são excrescências políticas que avançam: na Hungria, Polónia, Áustria, Itália, Malta e por aí fora… Cavalgam o ódio, o medo e a enorme desigualdade social. Esta assimetria, imposta com o aval do PPE, também foi promovida pelos austeritarismos de garrote que bem conhecemos.
A política de acolhimento dos emigrantes/refugiados, por parte da UE, tem sido uma lástima negação. Vários Estados proíbem a entrada a estes despossuídos que fogem da miséria, da fome e da morte! Onde pára a solidariedade que foi um dos eixos fundadores da UE? Portugal tem tido uma actuação positiva neste capitulo. Não tem havido higiene política, por parte de alguns
países, com a conivência da UE, já que os direitos dos migrantes/refugiados são reconhecidos pela Convenção das Nações Unidas e até pelo Direito de Asilo Internacional. A UE, pasme-se, pune os países que não respeitam o Tratado Orçamental, mas não os que não acolhem refugiados e migrantes!
Urge a Europa implementar políticas económicas, sociais e culturais que incluam as pessoas. O bem estar e a redistribuição equitativa da riqueza afastam os inimigos da democracia.
O catastrófico lastro de Hitler, Mussolini e Estaline na Europa… foi ‘ontem’!
Vítor Colaço Santos
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