sábado, 1 de junho de 2019


Oh! Cristo, vem aqui abaixo ver isto...


Dizia há dias numa tv espanhola um activista da defesa do ambiente que “un 30% de la basura mundial son colillas”, número que me deixou um tanto incrédulo, dada a imensa variedade de porcaria que o bicho humano despeja por todo lado a céu aberto; mas a pirâmide de beatas recolhidas nas ruas de Aveiro por seiscentos voluntários, alunos da Escola Secundária Homem Cristo, enquadrados na Associação BioLiving, é realmente reveladora.

De facto, se numa só hora, segundo revela o JN,  conseguiram recolher do chão 87.299 daqueles rastos de fumadores, isto merece que lhe seja dado relevo, até para que os viciados no tabaco façam um exame de consciência do seu comportamento, que não só emporcalha o ar que todos respiramos como também deixam no chão as marcas nefastas da sua passagem...

Há muito que está demonstrado que o fumador é um ser indisciplinado, não se preocupando com mais nada que não seja satisfazer o vício; e cheguei a ver, em locais onde não faltavam cinzeiros, estes serem completamente ignorados; mesmo sabendo do perigo que potencia, se vai no carro, atira a beata pela janela, nos cafés – embora com as restrições actuais possa já não ser assim - com o cinzeiro ao lado, preferia colocar a prisca na chávena, de tal forma que cheguei a ver cartazes em que o gerente dizia ao “estimado cliente que, se fazia questão de colocar a ponta do cigarro na chávena, fazia muito gosto em passar a servir-lhe o café no cinzeiro...


Amândio G. Martins

6 comentários:

  1. O José Rodrigues vai dar-lhe uma "tareia"... Não pelas beatas mas por aquele "o fumador"...

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  2. O Fernando mete-me em cada alhada… então agora devo dar uma “tareia” ao Amândio Martins, logo a ele que não conhece os prazeres do fumo? Privado disso e ainda “leva”?
    Fumador (mas não homem indisciplinado) que sou, lembro-me muitas vezes da “sorte” dos crentes só porque crêem. Os incréus, como eu, têm um défice de "sorte". Ainda mais mal comparado, se é que é possível, lembro que os meus pais gostavam imenso de grelos e de lampreia. Pois não foram capazes de me “ensinar” o gosto por aqueles alimentos que levam alguns aos píncaros da felicidade gastronómica. Não foram eles, os meus pais, quem me “ensinou” a gostar de fumar, não recrimino ninguém pelo “crime”. A responsabilidade é só minha e toda minha.
    Lamento muito que alguns, fumadores ou não, se comprazam em chafurdar em chãos peados de beatas, como era tão usual, em tempos idos, nos cafés deste país. Para darem azo a esses instintos, agora, têm de se limitar às esplanadas dos mesmos, pelo menos naquelas em que ainda se pode fumar.
    Aviso já que não sou desses, nem que, alguma vez, tenha confundido chávenas com cinzeiros ou com penicos.
    Aviso ainda que, ao contrário de “todos”(?) os fumadores, para além de não me considerar um “ser indisciplinado”, preocupo-me com muitas, mas mesmo muitas, coisas que não sejam “satisfazer o vício”.
    Deixem-me ainda dizer que não sou grande juiz de mim próprio (quem é?), mas não me tenho na conta de um troglodita como aquele que o Amândio Martins caracteriza. Mas fumo, lá isso é verdade. Sem andar por aí a lançar beatas pela janela do carro, ou a alimentar aquela fé regeneradora dos 600 voluntários cagaréus que, cada um à sua conta, apanhou do chão, em apenas uma hora (de estudo?), 145 beatas e meia, o que, de resto, reforça muito a minha confiança na produtividade da futura massa trabalhadora deste país.
    Só espero que não venha por aí uma lei que obrigue o fumador a engolir a beata depois de a fumar. Já experimentei e queimei-me.
    Meus caros amigos, Amândio e Fernando: foi um prazer ”esgrimir” convosco. Ah, já me esquecia, não tenho nada contra os movimentos anti-tabagistas. Mas não sou tão hipócrita como alguns que conheço, que passam a vida a dizer que bem que gostavam de deixar de fumar, mas.. Eu não, gosto mesmo de fumar. Agora crucifiquem-me, enquanto fumo um cigarrito, que já mereço.

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  3. Bom, como nunca vi o senhor José Rodrigues fazer as coisas feias a que o meu escrito alude, não podia estar sequer a pensar nele quando escrevia; e quanto à possível vontade de me "acertar o passo", penso que, mesmo que chegasse a pensar nisso, à última hora acabaria por lhe fugir a vontade...

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  4. No que eu me meti! Só com uma "blague"...

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  5. Ai o Fernando meteu-se? Ou me meteu a mim? A "culpa" é toda sua, e, ainda por cima, não fuma!

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