quarta-feira, 5 de junho de 2019

Pesar sem preconceitos

Dizer que conheço mal a obra de Agustina é, no mínimo, um atrevimento. Não a conheço de todo, porque as várias tentativas que fiz de nela mergulhar foram inconsequentes, e o resultado foi quase zero. Incapacidade ou insuficiência de sensibilidade, algo me impediu de ultrapassar alguns preconceitos que pudesse ter, “agarrado” que fui por uma literatura mais consentânea com as correntes neo-realistas (e outras) que estiveram na base da minha educação. Venho, com isto, pôr em causa a qualidade da obra de Agustina que tantos, e tão conceituados, veneram? Nem por sombras, só que, embora gostasse, não fui “tocado” por esse fascínio a que, apesar de tudo, não sou totalmente alheio, como quando se trata de alguns dos seus aforismos mais ou menos popularizados. Evidentemente, associo-me às manifestações de pesar pela forte perda que a literatura portuguesa sofreu.

3 comentários:

  1. Pois eu não gostei...porque não fui tocado (do que li, cinco livros). A sua "perversidade" incomodava-me, embora a reconhecesse como valor literário.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Para que não haja dúvidas: também não gostei (só li um livro e meio). Do que eu gostava era de ter sido "tocado". Mas não fui...

      Eliminar
  2. Peço desculpa por tornar à liça, mas não resisto a dizer que o "fenómeno" Agustina me faz lembrar o "Ulisses". Bem tentei várias vezes, em diferentes edições, mas nunca consegui chegar ao fim. Apesar de ter gostado de outros livros de Joyce, como os "Dubliners". Também me faz lembrar o "nosso" Lobo Antunes, de quem eu era um admirador indefectível na sua primeira fase e, mais recentemente, me fez perder todo o entusiasmo. Mas a "culpa" deve ser minha, reconheço.

    ResponderEliminar

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.