segunda-feira, 3 de junho de 2019


Quando “Veneza” cedeu ao fascismo...


...Foi tão grande a indignação do jornalista e crítico de arte francês Philippe Erlanger que, em 1938, tomou a decisão de organizar um festival de cinema que seria uma resistência cultural contra as ameças à liberdade de expressão, escreve o JN acerca do Documentário “Viagem às Origens Políticas de Cannes”, que passou na RTP2.

“Há sempre alguém que diz não”, escreveu posteriormente e  em outro contexto um grande poeta português, e aquele jornalista, em conjugação de esforços  com Jean Zay, ministro da Educação e Belas Artes, conseguiu pôr em pé o Festival Internacional de Cinema de Cannes, que premeia os mais prestigiados do mundo do cinema e é hoje  sinónimo de excelência.

Quando hoje se vêem tantas manifestações de indigência cultural quanto ao que foram os regimes fascista e nazi, gente que tenta apagar criminosamente os tempos mais tenebrosos por que passou a Europa, abrindo as portas do poder ao mesmo tipo de subgente se precisam dela para, nem que seja efemeramente, poderem governar uma Câmara ou uma Região Autonómica, como se prefigura que vai acontecer agora em Espanha, parece-me que só os inconscientes poderão dormir tranquilos...


Amândio G. Martins

2 comentários:

  1. Tem que sempre que “haver quem diga não “ e “ “não vá por aí “
    Basta um, que outros se seguirão - por mais que se tente branquear o passado...

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  2. A discussão sobre o tema está bem na ordem do dia em Espanha, onde a direcção do PP tem abrandado na linguagem sobre Vox, para que possam fazer governos com eles, enquanto anteriores figuras do partido não hesitam em dizer que aquela gente é mesmo fascista, que saíu do PP por não se adaptar a um partido civilizado; entretanto, altas figuras de Vox atacaram Javier Maroto, um membro da direcção do PP pouco simpático para eles, acusando-o de ter trepado na política por ser homessexual

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