Um que detesta hipocrisias...

O senhor Reginald Kenneth Dwight, tornado famoso como Elton John, colaborou activamente na preparação do filme que pretende retratar os primeiros tempos da sua vida artística; com o título de um dos seus temas musicais, “Rocketman”, testemunha como um jovem e tímido pianista se transformou numa das mais notadas figuras da cena musical, segundo se lê no JN.

Mas o que para mim é digno de relevo é que, sabendo que quanto mais se queira esconder uma coisa, mais ela acaba por ser descoberta, o grande artista não aceitou que se passasse dele uma imagem só de virtudes, que pretendesse omitir os seus dias loucos, de sexo e drogas, porque os produtores temiam que, mostrando a verdade, o filme tivesse de ser classificado como impróprio para menores.

Diz o artista: “Também não queria um filme recheado de sexo e drogas, mas todos sabem que tive bastante dos dois durante os anos 70 e 80; por isso, não fazia muito sentido produzir um filme que dissesse que depois de cada concerto eu voltava para o meu quarto de hotel com um copo de leite quente e uma Bíblia”. 5 estrelas, Reginald!...

Amândio G. Martins