domingo, 16 de agosto de 2020

Mário Castrim


 
Mário Castrim foi o nome escolhido por Manuel Nunes da Fonseca para assinar muito do que escreveu como jornalista, escritor e crítico. Nasceu a 31 de Julho de 1920 em Ílhavo. Foi também professor no ensino técnico profissional. E, ainda, militante do Partido Comunista desde os anos 40 do século XX. Morreu em Outubro de 2002.

Foi sobretudo como jornalista e crítico de televisão, que Mário Castrim se distinguiu no Diário de Lisboa, onde esteve até ao encerramento daquele vespertino em 1990, onde ainda jovem se tinha iniciado no jornalismo. Na sua coluna «Canal da Crítica», criticava e denunciava as grandes injustiças e perversidades que ocorriam em Portugal, sendo um alvo permanente da censura do regime ditatorial fascista.

No Diário de Lisboa criou e dirigiu o suplemento juvenil. Colaborou com o Tal & Qual e com o Avante, onde publicou artigos, crónicas e poemas. Escreveu obras de literatura infantil e juvenil, teatro, poesia, ensaio e crónica.

Na altura do seu falecimento, o PCP realçou a «destacada figura da vida cívica e cultural do País nos últimos 50 anos», o «militante comunista com muitas décadas de corajosa intervenção», o «crítico de televisão, escritor e intelectual que tanto contribuiu para a formação democrática e humanista de muitas gerações». Na mesma altura o Sindicato dos Jornalistas destacava o exemplo de «homem culto e lúcido, cidadão comprometido com o seu tempo e fiel às suas convicções».

No passado dia 31 de Julho o PCP realizou uma sessão pública comemorativa do centenário do seu nascimento, no seu Centro de Trabalho Vitória, em Lisboa.

2 comentários:

  1. Fantástico homem e jornalista. Por ele, eu não perdia uma edição do Tal & Qual.

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  2. O saudoso Mário Castrim ensinou-me como abordar as letras. Jamais esquecerei uma sessão cultural, enquanto
    estudante na Escola Técnica Elementar Francisco de Arruda (Escultor notável), Castrim foi falar à massa de estudantes que enchiam por completo o anfiteatro e... além de bastas gargalhadas pela sua fina ironia, ainda teve direito a uma ovação de pé!Não morreu, está vergonhosamente esquecido, mas está AQUI!!

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