sexta-feira, 28 de agosto de 2020

O acessório e o essencial

 

Quando o acessório confunde o essencial...

 

 

Na sequência de umas palavras “mal ditas”, que uns canalhas aproveitaram mandando às malvas a ética, a Ordem dos Médicos pediu ao chefe de Governo uma audiência, no decorrer da qual ficou claro para aquela organização dos médicos que o que Costa disse não é o que pensa da generalidade da classe médica, como a mim me pareceu que tinha ficado claro também no tal vídeo canalha, pois referia-se a dois ou três que não teriam cumprido.

 

Estranhamente, depois de chegar a casa, o Bastonário desatou às “bastonadas” a Costa, escrevendo aos seus representados que o primeiro-ministro, na conferência de imprensa, não transmitiu fielmente aquilo que antes tinha reconhecido, não revelando a mensagem de retratamento da mesma forma enfática que antes tinha feito.

 

E eu ouço e leio, e tudo isto me parece uma birrinha sem nenhuma substância, que não serve para mais nada que não seja alimentar artificialmente o prolongamento de uma contenda, que poderá ser muito útil para encher páginas de jornais, mas não resolverá nenhum dos problemas que é preciso combater no SNS...

 

 

Amândio G. Martins

 

 

 

8 comentários:

  1. Poderá haver outras razões, mas só me ocorrem motivações políticas ou ânsias de protagonismo.

    ResponderEliminar
  2. Vou tentar dizer dum modo telegráfico, sem hierarquização, o assunto. O vídeo é canalha. António Costa (AC) disse o que não devia dizer e a gente... ouviu-o. AC vai pagar politicamente por isso, mais tarde ou mais cedo. O Bastonário da Ordem dos Médicos (OM) fez um "número" pifio, depoos do encontro com AC. Os médicos em causa recusaram ou não ir ao Lar? Podia a "ordem" que lhes foi dada nesse sentido, ter sido feita? É ainda lamentável que o presidente Secção Regional do Norte da OM, António Araújo, ter "postado" no facebook, o tal vídeo canalha!
    Pois, diz o José, que há motivaçóes políticas e tem toda razão. Os médicos voltaram a "corporatizar-se", o sector da OM da direita extremada acham que que o Bastonário ainda devia ter ido mais longe e aproveitado para "queimar AC".
    Não consigo resumir melhor que isto: AC desbocado e, provavelmente, exagerado e "injusto"; OM mal no tal "teatro"; finalmente.... cenário de covid num tempo muito extremado ideologicamente, em que todos procuram ter razão e ganhos. O coronavírus não atinge somente os "pulmões" mas, será a "natureza humana"?... Ou "será a vida"?...

    ResponderEliminar
  3. Não posso estar mais de acordo consigo. Já agora, embora um pouco lateralmente ao assunto, é verdade que Miguel Guimarães, a propósito do hediondo caso do obstetra de Setúbal, disse, quanto a clínicas, que a OM nada podia fazer porque não tem funções de auditoria e fiscalização?

    ResponderEliminar
  4. Confesso que nunca ouvi isso. Aliás julgo que o dito obstetra foi expulso. Mas entendo que a OM terá algum papel a desempenhar em certas auditorias e/ou fiscalizações.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Limito-me a citar Daniel Oliveira, na sua coluna semanal, no Expresso de hoje (página 33): "Quando o caso do obstetra de Setúbal chegou aos jornais, o bastonário assumiu a clamorosa negligência de quem o devia fiscalizar e explicou que, quanto às clínicas, nada podia fazer: a Ordem 'não tem funções de auditoria e fiscalização', isso cabe às entidades reguladoras do Estado".

      Eliminar
  5. Por mero acaso, através dum post do nosso conum amigo João Fraga Oliveira no fb, vi o "momento Zen" de Francisco Louçã, onde este mostra a contradição do Basentestonario da OM, em tempos diferentes, sobre auditorias. Agora sei. Por si e pelo que ouvi ao próprios bastonário. Lamentável!

    ResponderEliminar

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.