segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Os fins e os meios

 

Os fins e os meios...

 

 

Se uma vez tem graça, repetida pode causar desgraça; e a forma como o chefe do Governo coloca perante a Esquerda a questão do próximo Orçamento, começa a parecer chantagem – e já dizia o “inesquecível” Salazar que, em política, o que parece é – que é sempre uma coisa nada bonita, por muito que se trate de questão política, onde quase tudo se vem tornando permitido, por esse cada vez mais estranho mundo.

 

E concordo plenamente com o que disse o PR, que uma crise política é do que menos precisamos, sobretudo num momento de tantas incógnitas, mas também não discordo da forma como Catarina e Jerónimo responderam à “provocação” – deixando claro que não dormem em serviço – até porque me parece que pode ser bem mais produtiva uma “negociação” em termos, do que tentar “encostar à parede” aqueles de quem precisa...

 

 

Amândio G. Martins

 

 

 

4 comentários:

  1. Ao "jogo politico", de que este episódio é parte integrante, não se deve emprestar valor moral. Muito menos apoda-lo de chantagista... Somente se concorda ou discorda consoante a ideologia que nos enforma. Mas não moral ou imoral, é somente política.

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    1. Não chamo para aqui a “moral” (ou a falta dela). Podemos não lhe chamar chantagem. Nem ultimato. Nem ameaça. Nem alerta. Nem aviso. Mas alguma coisa foi. Tem nome? Não sei: é a política. Pura e dura.

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