domingo, 2 de maio de 2021

A redistribuição na ordem do dia


As medidas recentemente anunciadas por Joe Biden no combate às desigualdades e à pobreza fazem parecer que já não será “pecado”, como até agora, falar-se de redistribuição de rendimentos, apesar de muitos continuarem a brandir o estafado e fatal argumento: “para se distribuir, é preciso produzir e, então sim, pensaremos no assunto”. Como se o mundo não tivesse feito outra coisa, desde sempre, do que produzir, produzir e produzir - sempre cada vez mais!

Passará, isso sim, a ser “pecado” vermos os dirigentes europeus a encherem a boca com a “bazuca” que, coitadita, comparada aos petardos americanos, é uma bomba de Carnaval que nunca mais dispara. Muito rastilho e pouca potência.

Queiramos ou não, a redistribuição de rendimentos terá sempre de passar por se ir buscar recursos a uma parte para os colocar noutra. Biden não vai onerar o Orçamento dos EUA, pago por todos, antes vai taxar os mais poderosos, sendo certo que, por aquelas bandas, talvez seja mais fácil encontrar o número de ricos suficiente. Como agora se diz a torto e a direito, Portugal não tem ricos “a sério”, mas, ao nível da UE, certamente que eles existem. Procurem-nos!   


Público - 03.05.2021


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