Perante a enxurrada de insultos que atolou as suas contas nas redes sociais, aquela voluntária da Cruz “Roja” que foi vista a socorrer um migrante senegalês desesperado, a quem deu um abraço de conforto, viu-se forçada a encerrá-las.
Por outro lado, enquanto em Ceuta parava tudo, portas fechadas com medo de furtos e agressões, muitos populares da cidade prontificaram-se a oferecer comida e bebida àquela juventude que ali entrava ao engano, pensando ir libertar-se do seu injusto, corrupto e miserável “reino”, onde os governantes e seus chegados se apoderam de toda a riqueza que lhes passe pelas mãos, como acontece com os dinheiros que da UE recebem - treze mil milhões de euros nos últimos anos, segundo vi noticiado numa televisão espanhola - para se encarregarem do controlo das fronteiras às migrações ilegais.
Enquanto a oligarquia tudo consome, os cidadãos carecem do mais elementar para se poderem desenvolver, como foi possível ouvir a alguns deles entrevistados em Ceuta, falando espanhol: “Em Marrocos não temos futuro, não temos nada; não há trabalho, não há comida, não há saúde, não há educação”!...
Amândio G. Martins
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