Há mais de 35 anos na União Europeia (UE) e mais de 20 anos
com o euro, que nos enchem a cabeça e os ouvidos com a conversa da coesão
social, mas o que se assistiu e assiste em Portugal e nos outros países da UE, é
uma ofensiva permanente contra direitos e interesses laborais e sociais dos
trabalhadores, que fez desaparecer ou andar para trás muitas conquistas conseguidas
no século XX, nomeadamente a partir de 1945 com a derrota do nazi-fascismo e em
Portugal a partir de 25 de Abril de 1974.
A Cimeira Social da UE, em 7 e 8 de Maio, no Porto, é no
essencial uma acção de propaganda para branquear todos os retrocessos laborais,
o aumento das desigualdades, do desemprego, da exclusão social e da pobreza e
abrir, com o chamado pilar social, mais um ataque aos direitos laborais e
sociais e facilitar a vida e a exploração ao grande capital, potencializar os
seus lucros e concentrar ainda mais a riqueza.
O «livro verde sobre o futuro do trabalho», apresentado
recentemente pelo Governo/PS, vai no mesmo sentido do dito pilar social da EU,
não só não resolvendo mas até acentuando, muitos dos problemas e reclamações
dos trabalhadores portugueses quanto à legislação laboral, como a caducidade da
contratação colectiva, precariedade, desregulação e duração de horários, baixos
salários, desigualdades, discriminações.
A manifestação convocada pela CGTP-IN para o dia 8 de Maio,
no Porto, é uma jornada de luta para rejeitar mais uma ofensiva contra os
direitos laborais e sociais e expressar solidariedade com a luta dos
trabalhadores e povos da Europa por mais progresso e justiça social.
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