segunda-feira, 11 de março de 2013

O Primeiro-Ministro e o conselheiro Borges

As propostas que estes senhores têm para a diminuição do desemprego em Portugal baseiam-se nas Teorias Económicas da Escola Clássica Inglesa (mercados de concorrência perfeita), isto é, se as empresas procuram trabalho e os trabalhadores oferecem trabalho, sendo este superior ao primeiro teria que se diminuir ao preço do trabalho (salário) para se chegar a um ponto de equilíbrio em que a procura de trabalho igualaria a oferta de trabalho, ponto de equilíbrio em que o salário seria muito mais baixo e consequentemente o salário mínimo deixaria de existir e os apoios sociais, segundo esta teoria em termos puros. Na sociedade atual não se aplicam teorias económicas puras, mas uma mescla de várias teorias em que o apoio social do Governo aos seus cidadãos é fundamental. Se utilizarmos as Teorias Económicas Keynesianas a resolução deste problema teria uma outra matriz: a do apoio do Governo para a resolução dos desequilíbrios, se o Governo incentivar o investimento produtivo (os bancos também) irão aumentar a dimensão das empresas já existentes e a criação de novas empresas, logo a procura de trabalho aumentará e para a mesma oferta aumentarão os salários e a diminuição do desemprego. Na sociedade do séc. XXI é fundamental o apoio social (às famílias) enquanto não se encontram novos reequilíbrios.

Carlos Vasconcelos


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