O ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE), disse na India: «Portugal tem leis laborais flexíveis, é fácil contratar e fácil despedir»(!) Ocorreu-me o “socrático” Pinho, ex-ministro da Economia, quando foi à Asia atrair investimentos, ter afirmado que o nosso país era bom destino para empresas estrangeiras, porque o custo salarial estava ao preço da «uva mijona»... Nessa altura, o CDS não gostou destas palavras. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, agora, o presidente deste partido e MNE no poder, pode promover o investimento externo através de leis de trabalho flexíveis e de fácil despedimento (e indemnizações a preço de saldo). Depois de termos tido um aumento colossal de impostos, o MNE anda pelo mundo a vender “uma enorme redução do IRC” (para as empresas estrangeiras). Redução que pode significar um desconto até 70% dessa mesma coleta de IRC. Este investimento externo recebe condições superfavoráveis, entrando em concorrência desleal por relação à economia interna. Não é boa ideia esta desigualdade de tratamento. Mas, é neste modelo errático e perigoso que destrói o tecido empresarial nacional agravando o desemprego, que os governantes apostam. Esta asfixia económica do Estado, está a alterar o modelo económico em Portugal. Desprezando as empresas nacionais e acrescentando-lhes um caríssimo e difícil acesso ao crédito, as falências e insolvências não param. A aposta no investimento estrangeiro, com todas as garantias, tem vindo a ser amplamente promovido pelo ministro, apresentando condições e promoções «vantajosas e únicas».
Vítor Colaço Santos
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