Este blogue foi criado em Janeiro de 2013, com o objectivo de reunir o maior número possível de leitores-escritores de cartas para jornais (cidadãos que enviam as suas cartas para os diferentes Espaços do Leitor). Ao visitante deste blogue, ainda não credenciado, que pretenda publicar aqui os seus textos, convidamo-lo a manifestar essa vontade em e-mail para: rodriguess.vozdagirafa@gmail.com. A resposta será rápida.
segunda-feira, 25 de março de 2013
Quem é Deus?
9 comentários:
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Há perguntas que apesar de parecerem normais não podem ser feitas porque não têm resposta. Se o homem conseguisse justificar Deus estaria a um nível superior de compreensão e podia ser comparado ao próprio Deus. A criatura não pode explicar o criador, porque este já existia antes da sua existência num espaço e num tempo que lhe foi completamente desconhecido. Logo, há perguntas que o bom senso devia não utilizar.
ResponderEliminarAs crianças fazem todas as perguntas, mesmo esta. Quem pergunta tem curiosidade, quer saber, compreender, anda à procura, quer perceber. Esta pergunta « Quem é DEus?» não tem uma resposta, é certo. Mas terá várias, tantas quantas as criaturas que a colocam (e não colocam, mas pensam). As respostas podem agradar ou desagradar.
ResponderEliminarÉ correcto tudo o que afirma, mas eu estava a colocar a pergunta noutro plano, não no da infantilidade, mas num outro mais responsável. Naturalmente que as crianças perguntam tudo, essas adoráveis inocências, e a tudo devemos responder, mesmo que tenhamos o dever de lhes dizer que não sabemos, porque elas têm de aprender que há muita coisa que os adultos não sabem. Um abraço.
ResponderEliminarEste tema gera um debate infinito!!
EliminarIntitulei este post de «Quem é Deus?» a partir da frase de Tolentino: "Porque a diversidade dos caminhos é uma riqueza para dizer quem é Deus". O próprio Cristo perguntou aos seus discípulos: "Quem diz o povo que é o Filho do Homem? (...) E vós? Quem acham que eu sou?"
Por isso, a pergunta faz sentido!
A Teologia afasta-se da Ciência, ou melhor, têm caminhos opostos. Não se pode baralhar as situações e os conhecimentos e com respostas em situações diferentes querer que sirvam a perguntas feitas noutro espaço do conhecimento. As perguntas, cujas respostas não sejam suficientemente compreensíveis e que estas se sirvam de verdades absolutas nunca comprovadas, como se fossem dogmas e porque esses não se discutem porque são infalíveis, ficam sempre a pairar no limbo do conhecimento impossível. Longe de mim o querer desvalorizar a pergunta que foi feita pelo filho de Deus aos discípulos, embora de forma enviesada. Cristo perguntou: - Quem acham que eu sou? Não pediu para que estes descrevessem Deus.
ResponderEliminarTodas as interpretações são correctas quando são feitas de boa fé, ainda que naturalmente algumas erradas e a minha, porque sou cartesiano, aceito, se me provarem, que poderei estar a lavrar na imensa seara do erro. Um abraço fraterno
Joaquim, não satisfeita com as respostas que lhe dei,
Eliminarfui à procura: se puder, consulte o Evangelho de S. João, cap.14, versículo 7 e seguintes: "Se vós Me conhecêsseis , também conheceríeis Meu Pai; desde agora O conheceis e O tendes visto»". abraço fraterno
Cara Amiga
ResponderEliminarNão queria tornar este assunto interminável. Somos pessoas com formação diferente, mas ambas educadas, respeitosas e bem intencionadas, sem o mínimo objectivo de ter a última palavra num tema tão profundo e intransponível (para mim). Saber quem é uma pessoa ou uma coisa não implica saber explicá-las. Apenas constatamos a sua existência e pouco mais. Aliás, as perguntas dos evangelistas são sempre feitas a pessoas simples e não a sábios ou filósofos já existentes na época. Abraço fraterno e boa Páscoa.
Caro Joaquim, não leve a mal. Mas gostaria de prolongar um pouquinho mais este assunto que, pessoalmente, é deveras interessante e não encontro muitas oportunidades de o desenvolver. Claro que não se pode encerrar este assunto, que é interminável, mas podemos chegar ao ponto de não mais o conseguirmos dissecar ou ficarmos mais satisfeitos!
ResponderEliminarLembro-me que o Joaquim me disse, salvo erro, que é cartesiano. Ora, fui tentar perceber melhor o genial pensamento de Descartes no seu Discurso do Método, escrito já á maravilhosa distância de cerca de 376 anos. Já não me lembrava que o filósofo francês defendeu ou procurou provar a existência de Deus. Se lhe perguntassem «quem é DEus?», é bem possível que responderia que Deus é "infinito, eterno, imutável, omnisciente,omnipotente, enfim, ter todas as perfeições que existiam em Deus"(Descartes, Discurso do Método, Porto Editora,1988, p.91).
Queira perceber esta resposta como um prazer em me esclarecer mais do que tentar aborrecê-lo. Longe de mim tal coisa.É um tema deveras fascinante! Abraço e boa Páscoa
A Céu é uma pessoa inteligente, culta e tenaz, bem intencionada que procura, a seu modo, e não poderia ser de modo diferente, ajudar e edificar uma sociedade melhor no espaço físico que é o seu país, respeitando valores e pessoas. Não poderia nunca aborrecer-me com os seus comentários, antes pelo contrário. Contudo, como aprofunda muito algumas das situações, nem sempre é fácil corresponder, como interlocutor, aos seus anseios legítimos. Quando eu me refiro a Descartes num determinado contexto, é apenas nesse que me considero cartesiano e é na dúvida sistemática que sou seu seguidor. Na procura de "Deus como um ser perfeito donde provém tudo o que está em nós. De onde se infere que as nossas ideias ou noções, que são coisas reais e que têm origem em Deus, enquanto nítidas e distintas, não podem ser senão verdadeiras, de modo que se possuímos muitas que contêm falsidade (......) é porque nós não somos verdadeiramente perfeitos." (René Descartes Discurso do Método, Best-Sellers, Lisboa, l964, p.61).
ResponderEliminarÉ interessante que estejamos a falar de um filósofo na comemoração do seu nascimento,pois tal acontecimento teve lugar no dia 31 de Março de 1596, o que prova que pela obra que nos legou ainda está vivo entre nós. Considerado o "fundador de filosofia moderna" e o "pai da matemática moderna" é um dos pensadores mais importantes e influentes da História do Pensamento Ocidental, contudo, com a evolução do conhecimento e das novas ciências, vão aparecendo contestações a alguma da sua contribuição para a Revolução Científica. Julgo que o livro do cientista português António Damásio, "O Erro de Descartes", que não tive oportunidade de ler ou consultar estará nessa linha, conforme o título nos induz.
Da filosofia, não sendo seguidor de nenhuma escola, dos poucos filósofos que conheço,ou fui obrigado a conhecer na minha formação académica, retiro sempre alguma coisa para orientar a vida prática, mas a grande filosofia da vida é o olhar atentamente para a sociedade e as pessoas que a compõem.
Sou agnóstico, não por algo de materialismo,mas por incapacidade de alinhar numa religião,das tantas que há e respeito.Um abraço fraterno