sexta-feira, 5 de julho de 2013

governem os mercados

Os mercados sentem-se bem assim, elevados a Júpiter, vivendo no Olimpo. Por um lado, Gaspar sai do Governo, num assomo único de humildade no reconhecimento do falhanço. Por outro, Paulo Portas escreve uma missiva reconhecendo a obtusidade governativa, da qual foi conivente durante dois anos. E o resultado de tudo isto é a extraordinária queda das nossas empresas na bolsa e a subida dos juros da dívida pública. Mas eis que Portas e Passos se reúnem. Bendita hora, gloriosa reunião: os mercados respondem: a bolsa dispara 3% e os juros da dívida pública a 10 anos estacionam nos 7%. Fico, assim, perplexo, na minha incredulidade: não foi isto que aconteceu na outra semana? Não é isto, este sobe e desce que vem acontecendo de há muito tempo para cá? Não são, afinal, os mercados, isto? Onde está aqui a singularidade?

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