terça-feira, 2 de julho de 2013

Última Hora

Eis alguns pequenos textos ‘escrevinhados’ ao sabor das marés e um de última hora:

1 - Vítor Gaspar, Ministro das Finanças Externas, o mago de todas as nossas consumições e sumiços patrimoniais, lá foi de ‘vela virada’ nas ondas dos santos populares, que tudo pediram aos céus para que zarpasse para bem longe de nós.
E, pronto, valha-nos ao menos isto.
2 – De certo, já se deram conta do tempo quente que já se vai sentindo e ‘ouvido’ a caminho das eleições autárquicas, com muitas rusgas, marchas e romarias, com ‘santos’ e santeitos contrafeitos, iguais aos mesmos de sempre.
E como lá diz o ditado ‘com promessas e bolos se enganam os tolos’, é vê-los, tais profetas do aldrabão costume, prometerem o que não podem dar, e falando do que não sabem.
3 – Os sonhados ‘Estados Unidos da Europa’ já têm mais um estado membro. O número 28 coube à Croácia.
Em número final ainda ‘estamos’ abaixo dos EUA, todavia, assim nos agregando, ainda os ultrapassaremos.
No entanto, os puros e duros nacionalistas dirão que perderemos a nossa identidade, nacionalidade, bem como a própria independência nacional.
Mas não é bem assim; nos EUA, os estados são independentes entre si, bem como têm até leis próprias, mas subordinados, claro está, ao poder central, para que haja coesão nacional.
4 – Portugal, analisado na crueza da negra realidade em que se encontra, assemelha-se a uma manta de retalhos mais puída que uma lassa rede de pesca que deixasse passar uma baleia sem qualquer constrangimento.
E, assim sendo, é ver tantos candidatos a poleiros autárquicos, mais falsos do que o cantar de sereias, prometendo ‘mundos e fundos’, quando a nossa egrégia ‘casa’ já está mais gasta do que o chapéu de um pobre sem-abrigo.
E, então, questiono-me se um país com 89 mil quilómetros quadrados poderá aguentar por muito mais tempo com tanta rapinagem e tanta gente em lugares públicos, passando pelas FA até a um vulgar tesoureiro de uma recôndita junta de freguesia.
Portanto, por mais competitivos que sejamos; por mais espremidos e sugados formos; por mais tudo de negativo a que formos submetidos, nada nos livrará da desonra e do descrédito, tal como a inutilidade de um acumulador de energia, em constante curto-circuito.
5 – Leio que já há chamas de Norte a Sul do país e ainda o Verão mal começou.
Pergunta sacramental: a que se deverão tantas cíclicas ignições, serão fruto luciférico de ensandecidos ou serão negócios de milhões para as negociatas sazonais de sempre?
6 – Os pepinos submarinais paulianos ainda irão estar muitos anos na berra, não guerra, uma vez que um novo procurador sherlockolmeano irá em mais uma demanda das comissões ilícitas que já vão (só?) em mais de 25 milhões de euros.
7 – Um sujeito madeirense, que já chamou silva aquele cavalheiro que também há poucos dias foi apodado de palhaço, confessou aos quatro ventos que está ‘farto de Lisboa’
E Lisboa não estará mais que farta de tantas bocas foleiras proferidas por tal desmiolada figura política insular?

José Amaral

1 comentário:

  1. Um pequeno comentário ao comentário da Céu que saúdo. A Europa Unida,uma ficção, nada tem a ver com os Estados Unidos da América, que têm a mesma língua e uma história comum e um passado de luta contra o colonialista. Na Europa, ainda no princípio do século XX, todos os impérios se degladiavam e a maioria dos países só depois disso definiram fronteiras, alguns há menos de 50 anos. Os mesmos remédios não curam doenças diferentes. Os americanos têm uma língua pátria e a Europa tem dezenas. Se nem os arquipélagos portugueses enfileiram com a metrópole, se na Espanha se mantêm as nacionalidades, como é possível querer uma unidade entre gente tão diferente. Respeito e solidariedade são importantes, mas isso não implica que haja uma tutela comum.

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