segunda-feira, 31 de março de 2014

Afinal, quem é o culpado?

Dois facínoras de baixa condição social, presume-se – pois também os há no nebuloso mundo do colarinho branco – que, para roubar, terão agredido barbaramente um recepcionista de um hotel em Faro, vão recorrer da pena que lhes fora aplicada alegando que a morte da vítima não decorreu da agressão, mas tão-somente por ter sofrido um ataque cardíaco após a sova e que o levou ‘desta para melhor’.
Então, se eu empurrar uma pessoa para dentro de um rio e se ela se afogar, eu posso achar que não fui o culpado de tal morte, uma vez que a vítima é que não sabia nadar.
Ou, se eu for apanhado na rua numa troca de tiros entre ‘bons’ malfeitores e ficar ferido, a culpa poderá ser só minha, porque não deveria estar lá (na rua) na altura de tais desacatos.
São pois estas as ‘boas’ leis que temos e que o homem tece, desculpando-se o agressor e culpando a vítima.

José Amaral


Os cortes na dignidade
Dois milhões de cidadãos vivem em Portugal numa situação de pobreza extrema, que vai do rendimento limiar zero, ao que os cálculos dos economistas sábios consideram ser o mínimo suficiente, que é de 409€. Esta estatística trata de números referentes ao ano de 2012, que segundo dados do INE a taxa de risco de pobreza em Portugal subiu para 18,7%, ou seja, em cada 5 portugueses 1 estava a viver miseravelmente. Como o desemprego e as falências se agravaram em 2013, a situação em que hoje muitos portugueses se encontram estará ainda muito pior. A frieza com que estes números são tratados pelos governantes, ultrapassa tudo o que se poderia imaginar de gente adulta e responsável. Talvez porque não convivem com as pessoas, pois deslocam-se sempre de carro com motorista, e nunca a pé, e olhando apenas os números, criaram um distanciamento da realidade e, desconhecendo-a, não tomam medidas, como primeira prioridade, para resolver o sofrimento de grande parte do povo. Pelo contrário, porque o “povo aguenta”, pois tem aguentado estoicamente todos os sacrifícios que lhe são impostos, as notícias são de que irão haver ainda mais cortes nos rendimentos das pessoas, especialmente nos reformados e nos funcionários públicos. Os caminhos que hoje estão a ser trilhados pela governação do país, arruínam as economias familiares, e criam um clima de insegurança e desconforto, que mata a esperança nos dias de amanhã.
Em vez de directivas para melhorar a implantação de empresas geradoras de riqueza com produtos transacionáveis, reduzindo-lhes de imediato a burocracia, certos impostos e o IRC numa percentagem significativa, e não dos míseros 2% de que se ufanam, os governantes voltam à carga com cortes nos rendimentos dos que não têm possibilidade de se defender.
Há milhentas famílias que se apoiam umas às outras, mas não o podem fazer eternamente. São filhos que voltaram para casa dos pais, desta vez com mulher e filhos e que agora todos vivem das reformas do velho casal. São velhos que foram retirados dos lares e são o único suporte do sustento de filhos e netos. E há milhares de lares onde as refeições que os subalimentam são fornecidas por organizações humanitárias e solidárias. E o rol de desgraças é infindável. Contudo, isto não entra no raio de visão e de compreensão dos nossos governantes, porque tendo entrado pelo caminho do ataque aos menos protegidos, perseguem uma via errónea de cortes nos contratos firmados, que fere a dignidade dos contratantes, ainda que o desrespeito seja apenas de uma das partes.

31.03.2014 - Joaquim Carreira Tapadinhas, Montijo 
(PÚBLICO, 5-4-2014)

Falta de médicos


A Ordem dos Médicos aconselhou o governo a contratar médicos já reformados para suprir a falta deles nos centros de saúde, desde que bem remunerados, até que saiam novos médicos licenciados pelas universidades. Esta atitude da OM é aberrante face as diversas declarações da mesma, que volta e meia se refere ao excesso de alunos desta área que entram nas universidades, alegando que isso irá fazer com que no futuro haja emigração ou desemprego na classe. Em que ficamos? Há desemprego ou excesso de zelo para que esta classe de profissionais seja privilegiada face a todas as outras? Se até se advoga que os médicos reformados voltem a trabalhar a troco de uma “retribuição minimamente aceitável”, a história está, com certeza, mal contada já há muitos anos.

Currículo



domingo, 30 de março de 2014

Já não era sem tempo

O FCP, que mais parecia um desconjuntado grupo de baratas tontas comandadas por um péssimo gestor de recursos humanos, AGORA, passou a jogar ‘à Porto’, aos comandos de um ‘homem da casa’ que parece saber muito da ‘poda’ e que pôs todos os artífices a bem operar nos lugares mais convenientes, para que a orquestra começasse a tocar a preceito, sem cacofonias a destempo.

José Amaral

Reestruturação da dívida?

Reestruturação da dívida?
A petição que visa a reestruturação da dívida pública portuguesa, colocada online, quase chegou hoje (30/03/2014) às 6mil assinaturas, podendo descer ao plenário da Assembleia da República. A petição foi disponibilizada pelo movimento “Manifesto 74”, que necessitava de um mínimo de 4mil assinaturas para ir a discussão no parlamento. A petição visa que os deputados aprovem “uma resolução recomendando ao Governo o desenvolvimento de um processo preparatório tendente à reestruturação honrada e responsável da dívida”. Quais são as condições que os signatários propõem: “o abaixamento significativo da taxa média de juro da dívida, a extensão de maturidade da dívida para 40 anos ou mais e a reestruturação da dívida acima dos 60% do PIB”.
O “Manifesto 74” foi igualmente subscrito por 74 economistas estrangeiros.
O que o Governo propõe e está a preparar é uma “saída limpa”, baseada no abaixamento dos juros da dívida pública no mercado de capitais, principalmente na maturidade a 10 anos, acreditando em elevados crescimentos da economia no futuro, para diminuir ao desemprego, aumentar a produção, aumentar as exportações, aumentar ao investimento e aumentar as receitas públicas que lhe permita pagar os juros e o capital dos empréstimos, o Governo tem assente o seu raciocínio em variáveis muito voláteis que se poderão alterar em qualquer momento e que são exógenas.

sábado, 29 de março de 2014

Por quem as lágrimas caiem?

Por              Caiem por todos aqueles que suportam horários desumanizados.
Por todos que pedem trabalho, emprego e não subsídios.
Por todos os bebés que não nascem
porque os possíveis pais não têm estabilidade económica.
Por todos os avós que não têm futuro para dar aos seus netos.
Por todos os professores a quem lhes foi retirada a autoridade
e impostas burocracias e horários alongados.
Por todos os chefes que não têm as suas equipas completas.
Pela falta de médicos, enfermeiros e pessoal especializado na
assistência na doença.
Pela desautorização das forças de segurança
Pela desertificação incentivada do interior
Pelo fecho de serviços e escolas numa perspectiva economicista
Pelo escândalo dos gastos de gestores
Pelas mordomias concedidas a alguns cidadãos
Pela incompreensível actuação da Justiça
Pelos que falam…falam e não fazem nada
Pelas manhãs sombrias que todos os dias estão a nascer…
              e, copiando o poeta, não perguntes por quem as lágrimas caiem:
elas caiem por ti e por mim que pouco podemos fazer.
                 Mas não desistas!

Maria Clotilde Moreira - 2010
Foi há três anos!

A chamada divida pública portuguesa são muitos milhões de Euros. Depois há umas regras para se ir pagando. E, dizem os responsáveis, que será cumprida rigorosamente porque os portugueses são pessoas de palavra. Mas este exorbitante número foi-nos emprestado a juros de agiotagem. Isto é: a divida será impagável porque com os juros sempre a crescerem nunca mais se verá o fim. 
Alguns economistas estudaram escrupulosamente o assunto e em vista da impossibilidade de se prever um data para o fim do pagamento foi proposto pelo grupo parlamentar do PCP que se renegociasse esta divida pública de modo a não continuarmos a estragar o futuro dos nossos filhos e netos.

            Apesar de ter sido chumbada esta proposta por mais de uma vez e de já estarmos em cerca de 130% do PIB e como, entretanto, setenta personalidades portuguesas e outras tantas estrangeiras explicaram aos tenrinhos do governo que esta divida como está não é pagável, irá ser outra vez apresentada na Assembleia da República esperando que haja inteligência suficiente para se encontrar uma saída digna e que não condicione o futuro dos portugueses.

Publicado no Diário de Notícias de 29 de Março de 2014

sexta-feira, 28 de março de 2014

Meus sonhos


NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO


O Ali Bábá do Reino da Portugalândia

As Direcções de diversos Órgãos da nossa Comunicação Social, falada e escrita, num encontro informal havido no Ministério das Finanças, acerca da ‘convergência do assalto continuado às pensões’, vieram a saber que o que lá foi dito não passava de uma inventona desses mesmos órgãos de informação.
Isto é, o PM (o Puro Mentiroso) – o Ali Bábá do reino da Portugalândia e a sua legião de ladrões saíram da caverna para anunciaram ao ‘mundo’ que tudo não passa de atoardas vis, provindas de tais órgãos (des)informativos e da celerada oposição.
Portanto, a famigerada CES – Contribuição Especial do Saque não irá avante, tendo em conta o que o PM afirmou solenemente em Campanha Eleitoral, a 19 de Abril de 2011, que foi o seguinte: TODOS AQUELES QUE PRODUZIRAM OS SEUS DESCONTOS E QUE TÊM HOJE DIREITO ÀS SUAS REFORMAS OU ÀS SUAS PENSÕES DEVERÃO MANTÊ-LAS NO FUTURO, SOB PENA DO ESTADO SE APROPRIAR DAQUILO QUE NÃO É SEU.

José Amaral


Encontro de Leitores

É neste espaço que ao longo dos anos eu e tantos leitores,temos tido a oportunidade de dizer (escrever) o que nos vai na alma, umas vezes criticando governantes e ou políticos que não raras vezes nos dão exemplos de falta de ética e alegadamente de falta de honestidade. Outras vezes o leitor aproveita este espaço para elogiar aquilo que lhe pareçe bem feito pelas entidades publicas, ou por o cidadão comum. Vem isto a propósito do 1º Encontro Nacional de Leitores de jornais, realizado no passado dia 22 de março em Coimbra, nas instalações,do INATEL, a quem aproveito para agradecer a cedência da sala para a realização deste importante acto de cidadania, levado a cabo pela Maria do Céu Mota e outros leitores do "nosso" DN e não só, que como eu, costumam escrever para os jornais. Como participante do dito Encontro, achei importante dar aos  leitores deste jornal uma ideia do que lá se debateu, e para tal espero que esta carta seja publicada. Dizer que este Encontro de leitores decorreu embora de forma mais ou menos informal,de espirito aberto e fraternal, aliás, como não poderia deixar de ser. Cada participante dos 18 presentes,teve a seu cargo a leitura de um textode sua autoria abordando temas referentes á razão do Encontro e de seguida, na 2ª parte do Encontro, iniciou-se um entusiástico debate, sobre a importância da função dos jornais, das eventuais dificuldades que os mesmos atravessam e qual o seu futuro.Foi também abordada a  questão do pluralismo e da isenção dos orgãos da informação escrita , que como leitores, reconhecemos ser uma tarefa difícel face a eventuais pressões vindas do poder económico e ou político. Outro dos assuntos abordados foi a questão do diminuto espaço dado ás cartas dos leitores em alguns jornais ,e reconheceu-se a importância que tem para a vida democrática do país a existência de jornais e a publicação da opinião livre dos seus leitores, ao fim e ao cabo, uma informação plural , isenta e séria.No fim concluiu-se que esta interessante experiência deveria repetir-se já em 2015, onde se espera que os jornais nos dispensem alguma atenção,como se julga que este acto de cidadania mereçe.Sem mais uma saudação especial a todos os profissionais do "nosso" DN e a todos os seus leitores.

Arlindo Costa

ESTÁ QUASE A ANDAR À RODA

Na página online do Diário de Notícias do dia 25 do corrente mês, lançou este jornal um inquérito aos leitores muito bem apropositado aos dias de hoje, cuja pergunta era a seguinte: “Se lhe sair o carro da Factura da Sorte, o que vai fazer?” Pois infelizmente como este país passou a ser um autêntico casino oficial, com os mais diversos tipos de jogos; ele é o euromilhões, o totoloto, o totobola, o joker, as lotarias clássicas e popular, elas são as raspadinhas. Tudo serve para cativar os “clientes” menos adinheirados, em virtude dos maus dias que estão a correr, com o pessoal de tanga e de bolso vazio e na ténue esperança de poderem amealharem algum dinheirito fácil? Agora e como andamos nesta onda de jogos, os espertalhões cá do nosso “burgo”,(os espertalhões como é obvio são os nossos (des) governados), lembraram-se em se armarem em rifeiros, e lançaram para o zé povinho mais um jogo, com o carrito a cativar os mais ambiciosos. Este “escriba” assume publicamente que raramente pede factura pelas suas despesas, porque entende que não é fiscal do Estado. Mas, mesmo assim, sempre lá vai pedindo uma ou outra factura. E a minha decisão, se eventualmente a sorte me sorrisse, seria esta, e respondendo ao inquérito…não ficava com o carro…não o vendia…mas sim, e, teria muito gosto, em o fazer oferecia ao Estado, isto é doava, porque efectivamente este está falido e ávido de receitas.
Coitados!!!.


(texto opinião publicado no Destak e Diário de Notícias de 27.Mar.2014)

Mário da Silva Jesus


quinta-feira, 27 de março de 2014

Comer português

Há pequenos detalhes que poderiam ajudar a economia do nosso País. E com a economia a crescer talvez estivéssemos no bom caminho para a diminuição do desemprego e, com mais portugueses com salário, haveria mais poder de compra e… Esta rampa sempre a subir conduziria certamente a um futuro menos austero. 
Também a racionalização das importações de supérfluos impediria a saída de dinheiro. Isto, dito assim, poderá parecer basear-se em conhecimentos muito rudimentares da economia mas já há várias pessoas importantes a chamarem a atenção para estas práticas simples.
Há ainda, infelizmente, muitas terras incultas que com regras fáceis e apelativas poderiam ser cultivadas e não só dar emprego estável aos moradores como até chamarem desempregados que todos os dias lutam nas cidades por meios de subsistência. E as terras cultivadas e produtivas podem ser o suporte da alimentação dos portugueses, até porque, também se sabe, que cada povo tem características próprias que herdam da sua família e uma parte dessas características tem por base a alimentação de há muito séculos. 
Para isto acontecer – cultivar as terras, fixar as pessoas nas terras e abrir portas a outras, entre outros detalhes – será também necessário haver uma boa rede de distribuição desses produtos para chegarem às cidades. E desenvolver campanhas de sensibilização dos portugueses para as boas práticas alimentares.
Não é só o cultivo da terra. Também devíamos apostar no gado e… e no MAR? “Ó Mar salgado quanto do teu sal são lágrimas de Portugal ...  

Cada um de nós pode ajudar se todos os dias escolhermos preferencialmente produtos portugueses e da época. É mesmo necessário praticarmos estes pequenos detalhes. Vamos comer português!    

Publicado no Costa do Sol Jornal - de 26 de Março 2014


Mais um desabafo

Os leitores de jornais que também escrevem habitualmente para os mesmos estão a debater-se cada vez mais com o espaço-terreno que lhes é atribuído para opinarem sobre o que diariamente se lhes depara e sobre o que se lhes oferece escrever.
Tal espaço, de autêntico serviço público ocupado por uma legião de voluntários de leitores-escritores, está reduzido a quase nada, pelo que, pensam tais leitores-escribas, estar em vias de extinção, dada a exiguidade do terreno-seara a cultivar diariamente.
Eu, um desses leitores amantes de escrever, que já ´polinizo’ tais espaços públicos desde o longevo ano de 1965, verifico que o fruto obtido está cada vez mais reduzido, pelo que, sem vitaminas necessárias, o meu intelecto vai mirrando, enquanto tal espaço, que já foi uma frutuosa e pujante planície, seja totalmente usurpado e posto ao serviço estéril de ninguém.

José Amaral

Leitores escritoes em vias de extinção?



Leitor escritor em vias de extinção?

Por iniciativa duma jovem leitora, Maria do Céu Mota,  escritora de cartas para os jornais, no passado dia 22 de Março, nas instalações da INATEL, em Coimbra, dos muitos que foram convidados compareceram catorze  (para o ano espera-se mais) assíduos remetentes  de cartas, versando opiniões sobre temas nacionais ou meramente pedindo resolução de questões locais.
Numa franca tertúlia expuseram suas opiniões sobre suas experiências e análise evolutiva do espaço e importância dada aos leitores que escrevem. Facto é que unanimemente constatou-se que a percentagem do espaço tem vindo a ser substancialmente diminuído e nele o espaço concedido às opiniões expressas, mais parecendo que se caminha para o formato de  meros telegramas ou SMS´s!
Pessoalmente, penso que tal comportamento se coaduna com o poder vigente, no sentido de “para  escrever estamos cá nós. Vocês ,só para ler!
Num regime democrático, em que todos os cidadãos, para maior responsabilidade coletiva, são chamados a participar, os meios de comunicação têm um importante papel (caso queiram) na contribuição substantiva de tal apelo a maior interação. Mas, com o que se está a passar não. Menos cartas e menos espaço são a prova evidente! Mesmo que redução ao espaço global de qualquer jornal seja diminuída, a importância devia ser igual ou maior aos recetores da informação. É desejável que a linguagem de funcione nos dois sentidos; emissor/recetor, não em sentido único! 
Todavia, mais parece que, com o espaço concedido, os leitores são espécie em vias de extensão , por asfixia de opinião! Atualmente, tudo s subordina ao princípio do Ter sobre o Ser! Sendo assim, a opinião do Ser de cada leitor é avaliado só pela produção material que produz. Mais nada.
Escreve-se uma carta para um jornal e depois aguarda-se o euro milhões, a ver se é premiada.
Há muito pouca informação sobre os critérios sobre a escolha das cartas a publicar, que deviam ser bem explícitas. Proponho que cada jornal sugira,  em cada edição, um tema do dia. Depois, 50% do espaço da página (todos os jornais deviam ter uma “Página do Leitor”) versaria, no dia seguinte, o tema antes proposto. Os sobrantes  50%  do espaço seriam usados para outros temas que não o do dia!
Para mim, mantenho a justeza das posições; o leitor é o dono da sua opinião e liberdade e não é obrigado a escrever, cada jornal é dono do seu espaço e o leitor não é obrigado a comprar ou ler. Quites!
 O mais justo seria que o jornal deixasse o leitor nele escrever, mas não é com a mera concessão da publicação de um artigo ou dois que fica com a consciência do dever cumprido.
Assina um mero leitor, que não abdica de exercitar o seu dever de cidadania, por um mundo melhor; mais justo e solidário!
Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar

Viva o DIA MUNDIAL DO TEATRO!!!


Dia Mundial do Teatro - I
(acróstico ao nosso/seu longevo pai – Gil Vicente)
                                               Gozarás onde estiveres
                                               Isto que cá se passa
                                               Loas de lúciferes
 
                                              Vozes que não se calam
                                               Inconsoláveis dos actos
                                               Celebrados fora dos palcos
                                               Entre gentes que nos enganam
                                               Neste não teu Teatro da Vida
                                               Testando actos subtis e vis
                                               Em vivência triste e sofrida.
 
                                       Dia Mundial do Teatro - II
 
Os portugueses muito gostam
De representar, fazer teatro,
É um manjar que disputam
Entre si, como bom prato.
 
Representam com muito brio
Em operetas e óperas bufas,
Com seu olhar cândido e pio
Tentam passar-se por ‘trutas’.
 
Tanto enganam o semelhante
Como também enganam o fisco,
Enganam cônjuge com amante
São trapaceiros de alto risco.
 
Mestres de escárnio e maldizer,
Maus artífices, sem qualquer jeito,
Sem boas intenções ou bem-fazer,
Ninguém lhes tece algum preito.
 
Assim, o Dia Mundial do Teatro
Faz parte da sua encenação,
Pois é o actual e fiel retrato
De nós, nesta globalização.
 
Do nosso vero Teatro foi pai
O já longevo Gil Vicente,
Seus autos, entre sorrisos e um ai,
Espelham as vidas de muita gente.
 
José Amaral
 
 

Dia 27 de Março - Dia Mundial do Teatro


Hoje dia 27 de Março, comemora-se o Dia Mundial do Teatro.
Teatro, a arte de representar e de compor obras teatrais. Lugar onde se realizam alguns acontecimentos memoráveis de ilusão ou aparência.
Este dia deve-se sem dúvida ao grande Jean Maurice Eugène Clément Cocteau, que nasceu a 5 de Julho de 1889, em Maisons-Laffitte, França, tendo falecido a 11 de Outubro de 1963, em Milly-la-Forêt, França. Foi poeta, romancista, cineasta, designer, dramaturgo, actor e encenador do teatro francês.
E, foi precisamente há mais de meio século, que Jean Cocteau, proferia a mensagem que inaugurava as celebrações do primeiro Dia Mundial do Teatro, criado pelo Instituto Internacional de Teatro da UNESCO. Desde de então que, a 27 de Março, se homenageia, um pouco por todo o mundo as artes do espectáculo.
                                                                          
                                                       *
Uma referência especial para Gil Vicente, nascido no ano de 1465 e falecido no ano de 1536, é considerado o primeiro grande dramaturgo português, além de poeta de renome.
Enquanto homem de teatro, parece ter também desempenhado as tarefas de músico, actor e encenador. 
É considerado o pai do teatro português, ou mesmo do teatro ibérico, já que também escreveu em castelhano - partilhando a paternidade da dramaturgia espanhola com Juan del Encina.


quarta-feira, 26 de março de 2014

Continuaremos a escrever!

foto de Pedro Carneiro
No passado dia 22 de Março, na Agência do Inatel em Coimbra, a «Cidade do Conhecimento», reuniram-se catorze cidadãos naquele que foi o 1º Encontro Nacional de Leitores-Escritores de cartas para jornais.
Sem dúvida um sábado memorável de convívio e de rara tertúlia. Um dia preenchido ainda pela leitura de textos originais previamente preparados pelos participantes abordando esta «coisa» que é escrever para os jornais; e pelo almoço entre autênticos amigos no restaurante do Zé Neto, pequeno para tanta energia (não nos conhecíamos pessoalmente até àquele dia). Depois foi a foto do grupo «para mais tarde recordar».
Um sábado diferente que passou rápido para leitores que foram do Porto, de Santa Cruz da Trapa, de Gondomar, de Santa Maria da Feira e de Lisboa. Faltaram muitos leitores-escritores... E há tantos...
Convidados também a estar presentes, foram os mais importantes jornais diários nacionais. Apenas um se fez representar, o Diário de Coimbra, mostrando interesse pelos leitores, que são a razão de ser dos jornais. Ou não? 
Os leitores leem, compram e contribuem para a qualidade de um jornal, escrevendo e vendo publicadas, ano após ano, as suas cartas ou opiniões (a troco de nada). O leitor também faz um jornal. Não há quem comece a sua leitura, justamente, pela secção dos leitores?
Onde estavam o PÚBLICO, o JN ou o DN?
Continuaremos a ler jornais e a escrever, porque gostamos de jornais (de papel, sobretudo), porque nos importamos com o que lemos: exigimos qualidade e que os artigos acrescentem algo à nossa vida e nos ajudem, de facto, a formar uma opinião. Continuaremos a escrever, não obstante o menor espaço que nos é dado (em alguns jornais e revistas), porque queremos saber deste país, porque o amamos e queremos vê-lo avançar. E escrever é mostrar a nossas preocupação, a nossa indignação, mas também alimentar um pouco a pouca esperança que vemos à nossa volta...
Preparam-se as conclusões deste Encontro, que daremos a conhecer oportunamente. Mas podemos adiantar alguma coisa, dizendo que nos fazem falta os jovens e as mulheres no espaço do Leitor; que é necessário haver maior clareza nos critérios de seleção das cartas e gostaríamos de ser informados se a nossa carta vai ser ou não publicada, porque tem valor para o jornal e para os outros leitores. Não publiquem por publicar.Não publiquem sem corrigir eventuais gralhas, prestem atenção às nossas cartas, aos nossos erros. Prestem-nos atenção, porque somos os «vossos leitores», exigentes e atentos. 

Como é que isto é possível? Portugal está deserto?

Link permanente da imagem incorporada
 MENTIROSO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
COMO É POSSIVEL???????????????
 
Nota: e-mail acabado de chegar à m/ cx.postal

José Amaral



Filhos ou robôs?

FILHOS OU ROBÔS?
PPP’s PARA A NATALIDADE!
Logo após o alarme do cidadão Cavaco Silva, Presidente da República Portuguesa, vincando a necessidade de se fazer filhos, manifestei a opinião de que a situação é quase irreversível.
Disse eu que amor para fazer filhos havia, mas o que dão muita é despesa: Vejamos:
 

1º A cada vez mais inserção de modernos processos tecnológicos na produção de bens e serviços, através da automatização e robotização, leva à dispensa, cada vez mais em maior número, de braços!
 

2º. Cada vez mais há mais oferta de produtos, ditos desenvolvidos para o bem-estar social, que induzem à necessidade da sua aquisição. Todavia, para os obter o rendimento normal dum só membro do casal não satisfaz as necessidades financeiras para a sua compra. Assim, paulatinamente, a mulher foi saindo do seu primordial papel materna, para acompanhar o marido nas jornadas laborais, e assim, deste modo, conseguirem mais fundos financeiros para obterem os tais bens, quase já tidos como de primeira necessidade!: Televisão, Internet, Telemóvel, Férias, almoçar fora, ir ao cinema, etc. etc.
 

3º Os países ditos desenvolvidos tem redução de natalidade, veja-se o caso da Alemanha, donde ressalta que o desenvolvimento leva à redução dos alemães; "Taxa de fecundidade: 1,41 filhos por mulher (estimativa 2011). Índice de Alfabetização: 99% da população (estimativa 2003)"
 

“A taxa de natalidade em Portugal foi de 8,5 por mil habitantes, o segundo nível mais baixo entre todos os países da União Europeia. Só a Alemanha apresenta um nível inferior, de 8,4 por mil habitantes, de acordo com os dados divulgados pelo Eurostat.” 

Em Portugal, com toda a sua precarização de trabalho e condições de desenvolvimento, não se auguram fatores de recuperação nos índices de natalidade!
 

4º Hoje, com a incerteza de emprego e da sua estabilidade, com a apregoada ameaça de que um emprego não é para toda a vida, os casais, embora façam amor não o estendem à procriação de vindouros. em face das previsíveis dificuldades sociais. Como é que se pode perspectivar cada casal ter três filhos, em média, para assegurar a recuperação da taxa de natalidade de portugueses?! Como, se as políticas liberais vão mais no sentido de cada um tratar de si sem que ninguém queira saber de tratar de todos?!
 

5º O que se verifica, neste desenvolvimento desenfreado, com todos a quererem obter bons resultados económicos e financeiros esquecem-se de que para haver futuros consumidores a jusante é preciso quem se preocupe em estimular a sua produtividade a montante, ou seja: criar condições sociais para que as mulheres, querendo ser mães, possam ter filhos com o mínimo de garantia do seu desenvolvimento na sociedade.
 

Já que o Governo recorre a Parcerias Públicas Privadas, (PPP,s), para tudo e para nada, então que crie, também, parcerias públicas privadas com casais para o aumento da natalidade! Não seria isto um serviço público, para a recuperação da natalidade. Ou estão à espera de que os filhos apareçam só por obra e graça do Espírito Santo? Deixem-se de hipocrisias. Filhos ou robôs? Escolham.
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar