terça-feira, 4 de março de 2014

A Ucrânia está na ordem do dia


O grande imbróglio acerca dos destinos da Ucrânia está longe de acabar, sem que deixe de haver lágrimas de dor e sofrimento por parte de muita gente anónima, como sempre acontece quanto outros loucos valores mais alto se alevantam.
E, então, a opinião pública internacional já dividiu o mundo em dois. E, pelos vistos, parece que os maus estão a Ocidente e os bons estão a Oriente.
E tudo isto, agora, por causa da península da Crimeia, onde vivem maioritariamente cidadãos russos.
As Nações Unidas chamaram a atenção para a gravidade da situação, caso não se arranje um consenso rápido; Os EUA fizeram-se ouvir; a UE também falou; e a Rússia está a fazer, na sua geo- estratégica óptica, o que lhe compete.
E, agora, surgem países a perfilarem-se ao lado de uns e de outros. Assim, a China, por causa da Formosa, há que apoiar a Rússia. E o que fez a Espanha, apesar de ainda não ter sido uma posição oficial? Está também a favor  da Rússia!
E, porquê, perguntarão, quiçá os menos esclarecidos?
Apesar de pertencer à EU, a Espanha nunca dá nem deu ponto sem nó.
Eu explico: 1 – em 1898, em guerra com os EUA, perdeu Cuba, Porto Rico e as Filipinas; 2 – a pequena península de Gibraltar, localizada no extremo sul da Península Ibérica, é território britânico, com a Espanha a manter constante reivindicação sobre o ‘Rochedo’; 3 - Ceuta e Melila são territórios espanhóis situados no Norte de África; 4 – também todos sabemos dos desejos espanhóis de deitarem as unhas ao nosso arquipélago das Selvagens, bem como perguntamos veementemente: quando é que a nossa querida e secular Olivença e seu adjacente território voltam a ser parte integrante do nosso rincão pátrio?
Mas, como santos da porta não fazem milagres, é muito mais cultural esgrimir prosápias sobre territórios alheios que nada têm a ver connosco. É como dizer-se que pimenta no ânus alheio é pra nós refresco.

também foi publicado no blogue OVAR - novos rumos, em 7/3

José Amaral

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