Neste 8 de Março do século XXI,
infelizmente, ainda não se pode esquecer “Luisa sob a calçada” de António Gedeão
… “Saiu de casa de madrugada; regressa a
casa é já noite fechada”… E de continuar assinalar o 8 de Março de
1857 e a morte de mais de 100 mulheres que lutaram por 10 horas de trabalho em
vez das 16 horas. Este dia é desde 1910, por proposta de Clara Zetkin na
Conferência realizada em Copenhaga, como o dia Internacional da Mulher
Trabalhadora. Mas ao contrário de ainda alguns ligarem este dia apenas à
“importância de ser mulher” ele deve ser recordado como conquista de melhores
horários de trabalho para todos nós. Melhores horários… sim pois numa sociedade
civilizada e responsável o trabalho deve ser respeitado mas devemos ter tempo
para ver o Sol.
E neste nosso País desregulado,
querem aumentar o horário de 35 horas para 40 na Função Pública. Em vez de
organizarem os serviços, nesta fúria de corta – corta para responderem a uns
troikanos, os nosso tenrinhos que chegaram ao Governo –( muitos deles sem
saberem o que é trabalhar) – pensam que resolvem tudo com horários mais longos.
Um ser humano cansado, com problemas de mobilidade porque também na área dos
transportes existem muitas deficiências, com o coração apertado pelos filhos e
familiares que precisam de mais assistência, não poderá produzir mais só porque
o horário é mais comprido.
Neste Março devemos apoiar todos
aqueles que muito conscientemente asseguram trabalho e lutam pelo respeito do
ser humano como força produtiva de um mundo melhor.
Publicado no jornal Público de 8 de Março de 2014
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