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quarta-feira, 12 de março de 2014
Pós-troika ou perestroika?
Agora está a ficar na ordem do dia a interrogação sobre o que será Portugal na pós-troika, com se o sol não voltasse a nascer, ou a noite nunca acabasse.
As mentes, sem princípios, sem valores humanos e sociais, sem nunca saberem nada de ética e honradez, não se sentem obrigadas a cumprir seja o que for, nem tão-pouco deixar de fazer mal, pois não estão balizadas entre a fronteira do Bem e do Mal, nem mesmo responder ao simples estímulo da campainha e consequente salivação, como o fizera o nosso conhecido cão de Pavlov.
Portanto, toda a comunidade elitista que provocou tão calamitosa situação e que agora fala em pós-troika, até já ouviu ou a confundiu com uma palavra que assim quase soa, que é perestroika, que apareceu em 1987 como título de um livro programático da autoria do então líder soviético Michail Sergejevic Gorbachev, aquando do 70º aniversário do regime soviético na URSS, e que significava reestruturação, consubstanciada na mudança a introduzir no sistema governativo de então, não quanto aos princípios, mas, sim, quanto à sua eficiência e eficácia, ao que eu acrescentaria honradez, em que os valores éticos seriam sempre postos à frente de tudo para todos, sem que o conluio e a corrupção tivessem mais lugar nas Escadas do Poder.
José Amaral
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