CONTOS ANTIGOS
1º É preciso ter
sensibilidade para as maravilhas da Natureza, férteis sob o maravilhoso
céu português, aonde sobem em sinfonias de cores que fazem maravilhosos
quadros pictóricos, de paisagens, plasmadas nos contornos naturais do terreno, em humanos arranjos florais, que desfilam aos nossos olhos numa paulatina marcha de comboio!
2º Ter boa disposição, espírito aberto e levar receptáculo espiritual,
para ser preenchido com imagens de grandiosa beleza na simbiose da
criação divina e nos acabamentos feitos pelo Homem.
3ºLevar, máquina
fotográfica, papel e lápis, para anotar pormenores de toda a beleza
observada. Porém, o mais importante é que fique tudo gravado no disco
rígido das nossas memórias, para nos momentos de solidão ou em convívio,
preencherem, em reprise, a experiência passada.
4ºTer a
certeza de que, além da paisagem, tem quase 100% de probabilidade de,
aliada à paisagem, saborear um bom almoço, por terras onde ainda não
chegou o gourmet sofisticado, mas sim ainda a manutenção da ruralidade
na confecção gastronómica, que vai à mesa em rituais ancestrais de
simplicidade!
5º De que estou falar e o que é preciso? Falo
duma normal viagem do Porto-(Campanhã) ao Tua, partindo às 8h52,
chegando às 11h56, e almoçar no “Calça Curta”. Depois da sobremesa
“pastar” paisagens até às 15h48, hora do regresso ao Porto, com chegada
pelas 17h45. Dizer que é bom e barato ir por parcela dum Património
Mundial, saborear um Domingo bem passado, que nos traz lembranças de
épocas passadas, onde gerações anteriores puseram suas esperanças, agora
por nós saboreadas, com futuro, aliado ao turismo da paisagem, vinho e
gastronomia, dão produto de boa poesia! Tirem um dia da vossa vida,
(como quem vai a Fátima, Roma ou Meca) e saboreiem o Douro, que é, pura
e simplesmente, D’Ouro.
Não é preciso fazer como o Sr.
Moreira, que há mais de vinte anos, vai de Paredes, quase que todos os
fins de semana ao Tua, saborear paisagens e "gastronómicas pastagens”, disse-me, contemplando uma vinha, defronte ao restaurante,
vincando que a viu nascer. Bem. Também não é preciso exagerar. Portugal
tem muitos tuas, que são nossos, para ver.
Além do mais, fiquei na dúvida se não seriam também saudades de contos antigos que lá o levam!
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Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque
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