terça-feira, 25 de março de 2014

'Nunca mais vai haver larguezas à moda antiga'


Eis mais um título parangonal que me chamou a atenção, quando, matinalmente, lia o jornal habitual: Nunca mais vai haver larguezas à moda antiga.

E dentro da notícia vinha que ‘a presidente do Conselho das Finanças Públicas (CFP) considera que, mesmo depois de as contas públicas estejam equilibradas, nunca mais vai haver, nos orçamentos de Estado, larguezas à moda antiga. ‘

Assim, a douta presidente Teodora Cardoso, acha ser fundamental introduzir-se novos artigos na Constituição.

‘A política é liderada pelas despesas, para, depois, se arranjar receitas para as cobrir, o que é um problema’, disse ela.

Então, sugere a criação de um imposto directo sobre a despesa e não sobre o rendimento.

A senhora presidente do CFP é já uma longeva e experimentada personalidade da nossa praça, pelo que, se afirma ser positivo fazer o que preconiza, mais lhe valia falar para os moucos ou surdos políticos que temos na AR que, quando se fala em alterar a Constituição, todos assobiam para o ar.

Assim, havendo tal alteração, poder-se-iam reduzir todos os artigos em apenas um só artigo, para não gastarmos tantos milhões nos escritórios de advogados plantados em todos os cantos de Lisboa para deslindarem uma vírgula de um ponto e vírgula, ou um de de um da, sendo que o artigo único seria entregue de mão beijada ao 1º ministro, para que este não entrasse em colisão com o PR ou com o TC.

Por último, nesse artigo único consagrado no livro-lei fundamental da nação – a CONSTITUIÇÃO, ler-se-ia: a máquina do Estado não deve gastar mais do que as receitas ordinárias, pelo que o excedente ou défice deve ser suportado por todos os elementos que compõem tal máquina de perdição colectiva, como aquelas que temos tido nas últimas décadas.

 

José Amaral

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