Nada será mais grave do que sermos apunhalados por quem mais confiávamos.
E, no caso em que estou a cogitar, tal desfeita tem partido
da classe política que se instalou no poder após o risonho porvir que parecia
vir acontecer e sem retrocesso, em seguimento ao radioso 25 Abril 1974,
simbolizado num pujante e vermelho cravo, postado, altaneiro, no cano de uma
espingarda G3.
Então, ‘as armas’ calar-se-iam ‘e os varões assinalados’
emergiriam, para glória da Pária e do Povo que nela mora.
Mas, não foi isso que aconteceu, pois a classe política,
engordando numa ilegalidade desmesurada, tem falado e representado em nome do
Povo, enaltecendo-o para o espoliar e desprezando-o para o expulsar do seu
próprio rincão.
Nesta encruzilhada, minada só para quem a trilha – os
incautos de todo o engodo, que é o Povo – os partidos políticos têm grande ou quase
exclusiva responsabilidade por todo o mal que se abateu sobre Portugal.
Portanto, está mais que na hora de reflectirem de modo a não
embrutecer aqueles que os sustentam, pelo que não devem olhar somente para os
seus umbigos, mas cuidarem do Pais, de nós todos, servindo-os com honra,
isenção e lisura, pondo a Pátria acima dos seus interesses partidários, os
quais, sobremaneira, têm somente fomentado a desunião e a desconfiança entre os
eleitores, que cada vez mais se vão alheando de tais vendedores de ilusões, que
na prática e desgraça nossa se resume no contrário do prometido.
José Amaral
Sem comentários:
Enviar um comentário
Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.