Inesperadamente, Dom José Policarpo deixou-nos, partindo aos 78 anos de idade.
Durante o seu patriarcado, penso que passou a imagem por ter sido aquele representante da Igreja Católica Portuguesa que pouco se identificou com os mais carenciados e oprimidos.
Parece que foi mais omisso que participativo.
E, em relação ao seu paraíso na Terra, não terá invectivado evangelicamente os representantes do Povo como mereciam, deixando-os à rédea solta, permitindo-lhes práticas muito pouco ortodoxas.
Poder-se-á dizer que terá feito o que pode, mas a ‘omissão’ é um grande pecado.
Sem querer assacar-lhe defeitos ou vícios humanos, e quem sou eu para o fazer, o cardeal emérito de Lisboa gostava muito de fumar o seu cigarrito.
E, aquando de um conclave aonde estivera presente como votante e enquanto se esperava a eleição de um novo papa, com a mítica saída do fumo branco, alguém humoristicamente terá dito que o fumo que estava a sair naquele momento se devia ao facto de Dom José Policarpo ter acendido um cigarro.
Que Deus dele se amerceie.
(este texto também foi publicado no Jornal Metro, de 17/3)
José Amaral
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