Dia Mundial do Teatro -
I
(acróstico ao nosso/seu longevo pai – Gil Vicente)
Gozarás
onde estiveres
Isto que cá
se passa
Loas de lúciferes
Vozes que
não se calam
Inconsoláveis
dos actos
Celebrados fora dos palcos
Entre gentes que nos enganam
Neste não teu Teatro da Vida
Testando actos subtis e vis
Em vivência
triste e sofrida.
Dia
Mundial do Teatro - II
Os
portugueses muito gostam
De
representar, fazer teatro,
É um
manjar que disputam
Entre
si, como bom prato.
Representam
com muito brio
Em
operetas e óperas bufas,
Com
seu olhar cândido e pio
Tentam
passar-se por ‘trutas’.
Tanto
enganam o semelhante
Como
também enganam o fisco,
Enganam
cônjuge com amante
São
trapaceiros de alto risco.
Mestres
de escárnio e maldizer,
Maus
artífices, sem qualquer jeito,
Sem
boas intenções ou bem-fazer,
Ninguém
lhes tece algum preito.
Assim,
o Dia Mundial do Teatro
Faz
parte da sua encenação,
Pois
é o actual e fiel retrato
De
nós, nesta globalização.
Do
nosso vero Teatro foi pai
O já
longevo Gil Vicente,
Seus
autos, entre sorrisos e um ai,
Espelham
as vidas de muita gente.
José Amaral
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