O destaque da primeira página do Jornal de Notícias, do passado dia 20 de Março, constituiu um trocadilho interessante, que não deve ter desagradado ao Partido Socialista.
«EX-MINISTROS PEDEM SEGURO PÓS-TROIKA», para quem só lê os títulos, pode ter significado uma preferência por António José «Seguro» para substituir Passos Coelho, após acabar a meio do próximo mês de maio, e aparentemente, a ingerência estrangeira sobre o futuro de Portugal, denominada de programa de ajustamento.
Com ou sem eleições antecipadas, que bem se justificam, e que uma derrota significativa e bem merecida do PSD/CDS nas eleições europeias pode precipitar, a mensagem transmitida no Jornal de Notícias, com ou sem intenção, seria para ser Seguro a substituir Coelho.
De resto, tal não desagradaria aos ex-ministros das finanças (Bagão Félix, Manuela Ferreira Leite, Teixeira dos Santos, Vítor Gaspar), que para além de lerem todos pela mesma cartilha e terem sérias responsabilidades na austeridade que prejudica a maioria dos portugueses, também sabem que as diferenças entre Passos Coelho e António José Seguro são só de pormenor.
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