segunda-feira, 24 de março de 2014

Até quando vamos tolerar tanta desigualdade social?


Um título garrafal vindo num jornal diário da nossa praça ‘feriu-me’ no mesmo sentido contextual do desregramento social que se abateu sobremaneira sobre o mundo laboral, que escravamente sustenta os sugadores de todo o Povo português, os quais transformaram Portugal num país onde a Esperança perdeu o sentido etimológico de o ser, estando, pois, às portas do seu desaparecimento, emigrando com todos aqueles que a Esperança perderam na sua terra.

Assim, o título era o seguinte: ‘Passos não se compromete a aumentar o salário mínimo’.

Claro que não pode prometer o aumento de tão ‘elevado’ salário mínimo, porque um trabalhador alemão produz três a quatro vezes mais do que um ‘preguiçoso’ trabalhador português, conforme doutamente confessou o terceiro homem mais rico de Portugal.

Mas, pagar-se 13 500 €/mês ao primeiro presidente do Comissão Instaladora da Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD), isso não faz mossa alguma ao tal Passos que nada promete de bom para os mesmos deserdados de sempre, nem às deficitárias contas públicas, porque cá estão os estúpidos contribuintes do costume para manter essas escandalosas contradições e mordomias, tal como a afrontosa actualização dos ordenados dos ‘produtivos’ deputados, em 5,4% de aumento dos seus ‘magros’ vencimentos, com aprovação por UNANIMIDADE de todos os partidos com assento na ‘produtiva’ AR.

E perante tanta desfaçatez instituída, não vemos o programa televisivo ‘prós e contras’ vir debater tais escândalos que o Poder vai fazendo com a complacência de todos.

Portanto, aqui fica esta minha cândida interrogação: até quando vamos tolerar tanta desigualdade social?

 

José Amaral

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