O mais esplendoroso verão de S. Martinho dos últimos quatro anos trouxe a boa nova, acabou o empobrecimento a mata-cavalos, acabaram as desgraçadas políticas de austeridade-sem-fim que finalmente têm à vista a morte anunciada.
Nas eleições de 4 de Outubro os portugueses confiaram a maioria aos combatentes que enfrentaram a arrogância e a prepotência da direita que se julgava dona dos votos que se equivocaram e caíram no logro de promessas vãs.
Na magnífica semana do verão de S. Martinho, a nova maioria da Assembleia da República tratou da incompetência que desgovernou Portugal nos últimos quatro anos de má memória, despediu o governo que afundou o país no pântano do desespero social, da dívida pública e das negociatas.
O debate no Parlamento sobre o nado-morto dum programa de governo que queria continuar a manipular a verdade das boas contas do país, prosseguir na paulatina destruição do Estado Social e a vilipendiar direitos de civilização humanista que tão duramente conquistámos, não existiu.
No debate do seu programa a direita extremista apeada do poder pela vitória dos portugueses que confiaram ampla maioria às forças aliadas da oposição patriótica revelou a sua verdadeira face, o coro dos derrotados numa histeria inaudita e à beira de um alucinado ataque de nervos, vociferou, ameaçou! Passos Coelho, chegou à desfaçatez de afirmar que a aliança de esquerda que venceu as eleições não contava com a colaboração dele, antes pelo contrário. Afinal o auto-proclamado grande amigo da nação, dos mercados e da Alemanha, que durante penosos quatro anos usurpou o símbolo da República na lapela do casaco não passa de uma criança grande mimada, que se revelou quando a nova maioria patriótica lhe retirou o brinquedo do poder.
O resultado apurado na A.R. (123vs107) demonstra de modo inequívoco que não há cão e gato que gostasse do governo derrubado. A certa altura, ainda decorria a votação histórica, o dr Passos olhou na direcção dos limites das bancadas do PS e PSD e murmurou constrangido: “Até tu PAN?!”
Abre-se agora um novo ciclo de esperança, um novo governo que certamente irá melhorar a vida de nove milhões de portugueses desde 2011 sujeitos ao maior roubo fiscal de que há memória, desde que a memória existe.
Carlos Pernes
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