Na medida exacta, da medida justa, que só paira
nas mentes ingénuas, a ajuda solidária de alguns portugueses (portugueses
ingénuos) às vitimas dos incêndios de Pedrogão, chegará ao destino um destes
dias.
Um dia destes.
Um dia.
Chegará.
Nenhum dia.
Podia ter chegado, quase lá.
Não chegou.
Já me esqueci desse evento.
A ajuda honestamente desembolsada, nossa, chegará
após trinta requerimentos, simples de preencher, a atestar que o joaquim ficou
sem galinhas, a Maria sem couves, o José sem alfaias, a Joaquina sem marido, o
José sem mulher, os nossos filhos sem os nossos filhos.
Os serviços, desconfiam do correcto preenchimentos
dos formulários: as pessoas estão a aproveitar-se da situação (como alguns do
rendimento de inserção de não se sabe o quê).
Os políticos altamente qualificados que ocupam
temporariamente os gabinetes com melhor vista das secretarias e sub-secretarias,
das direcções e sub-direcções, informam os seus dirigentes para aguentarem a
situação.
Não é tempo ainda para ajudar. É tempo para
apurar, esmiuçar, apurar mais ainda, e depois, quando já tiver passado todo o
tempo, já não é tempo para nada.
Ufa, ainda bem!
Livrámo-nos desta.
Vamos lá todos outra vez brincar ás eleições.
Comentário humanamente redigido, como é apanágio do Luís, um cidadão sempre atento. Obrigado e um abraço fraterno.
ResponderEliminarCaro Joaquim, tenho falta da sua escrita neste espaço. Abraço
EliminarAmigo Luís - Estou numa fase em que estou cansado de malhar em ferro frio. Logo que esta passe, surgirei com o entusiasmo e a consciência cívica do costume. Obrigado pelo estímulo. Abraço lusitano
EliminarLuís, se assim for... desta vez "caí"!... Seja pelos meus "pecados"!
ResponderEliminarO Fernando não os tem, pelo que nunca nada cai. Abraço
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