Quando a máscara cai...
Conhecia o nome, da “página do leitor” do JN, mas da pessoa
só o que os escritos poderiam revelar; até que um dia, do qual tenho por
referência no tempo o primeiro mandato de Filipe Meneses na Câmara de Gaia,
apareceu na “página” uma pessoa que usava o mesmo nome, da mesma localidade.
Tudo que este último escrevia era para dizer “maravilhas” do Meneses; como
o “pernóstico” que assinalo não concordava com aqueles escritos, ainda por cima
apresentados com o “seu” nome, apressava-se a enviar um “esclarecimento”, para
que não o confundissem com “aquilo”, mas fazendo juízos de valor acerca dos
pontos de vista do outro, que não tardava a replicar.
E andaram nisto um certo tempo até que eu, por me parecer
aquela disputa uma “catraiada”, escrevi um pequeno texto sugerindo que, em vez
de andarem às “turras”, diferenciassem o nome, já que qualquer deles devia ter
outro apelido para acrescentar e assim pôr termo à contenda; este meu reparo
foi logo secundado pela Redacção do jornal, instando os dois a resolver a coisa
ou seria o jornal a fazê-lo.
De maneira nenhuma – dizia o génio incomodado – prosador e
poeta de largos recursos, ele era muito mais importante que o outro; não iria mudar um “nome” já feito na praça por
causa de um “intruso”e acabou por levar a “bicicleta”, porque o outro senhor, demonstrando
ser mais adulto e bem resolvido,
acrescentou ao nome mais um
apelido.
O “pernóstico” e o agora parceiro de grosserias, no que aqui
vêm demonstrando, têm em comum o pretensiosismo e a ordinarice; mas enquanto o
primeiro nos brinda com uma escrita emaranhada, toda ela arrebiques, torcidos e
tremidos - que até já levou um famoso jornalista
a um apontamento sobre a inutilidade, vacuidade
e ridículo daquela diarreia verbal - o que
sai da cabeça do segundo é um monturo de
tudo isso mas com muita bosta à mistura e confundindo sempre o “onde” está com
o “aonde” vai.
Exunda trampa em cada palavra da grande parte do que
garatuja e depois chama “pasquins” aos jornais que se recusam a servir-lhe de
pasto à vaidade, mas é justamente por não o serem que não podem apresentar aos
leitores aquele lixo; só que para um QI daquele calibre, os directores e chefes
de Redacção é que são uns imbecis que têm medo e ciúmes da independência e profundidade das suas
“análises”.
“Um estúpido a sério é sempre alguém que se distingue pela
bravura com que desbarata as manifestações inteligentes, exorcisa os fantasmas
da clareza mental e contribui para a manutenção da obscuridade a todos os
níveis; ele não faz quaisquer concessões à detestável e complicativa
inteligência”... (citação do livro anexo).
Amândio G. Martins
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