quinta-feira, 3 de janeiro de 2019


Uma boa surpresa...


Quando ficou claro que Marcelo Rebelo de Sousa seria candidato à presidência, com a quase certeza de que seria eleito à primeira volta, fui das pessoas que manifestou poucas esperanças de virmos a ter um bom presidente da República, embora fosse difícil ser pior que o antecessor; de facto, ver um comentador como ele passar a “presidente de todos os portugueses” não me agradava mesmo nada.

Mas depressa dei o “braço a torcer”, reconhecendo no homem um chefe de Estado como é preciso, “dessacralizando” a função e acorrendo aonde o povo precisa de uma palavra de alento; àqueles que apreciavam mais o estilo do mono “cavacóide” não lhes agrada a simplicidade e voluntarismo com que abraça e se deixa fotografar e abraçar, vendo maquiavelismo em tudo, mas isso é problema deles.

Simpatizo com o homem, gosto de o ouvir, quer o assunto seja sério ou corriqueiro, dizer o que lhe parece dever ser dito, como agora fez na mensagem de Ano Novo e no encontro com Bolsonaro; que não havia necessidade, dizem alguns, que devia ter-se feito representar, que nenhum chefe de Estado europeu esteve presente, como se houvesse  um qualquer outro  país no mundo com uma ligação semelhante a portugueses e brasileiros...


Amândio G. Martins




2 comentários:

  1. Posso estar de acordo consigo em que Marcelo Rebelo de Sousa (MRS) "saiu melhor que a encomenda". Agora que eu me sinta um indefectível do Presidente da República (PR) vai uma distância enorme. E para isso não é preciso ter uma pingo de admiraçãp por Cavaco Silva ( a quem chama "mono cavacoide). E daí não ter o mínimo respeito nem aquiescência ou, muito menos, simpatia para com as palavras usadas por MRS após o encontro com o presidente fascista do Brasil, Jair Bolsonaro. E nunca me permitiria pôr em pé de igualdade valorativa o discurso de Ano Novo e a barbaridade que pronunciou depois de se encontrar com o seu "irmão ( dele,só dele, se assim o entender) fascista do Brasil.

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  2. "We, the people", podemos dizer o que nos der na veneta que o máximo que pode acontecer é rirem-se de nós, caso ultrapassemos os limites do ridículo; o nosso chefe de Estado, por muita vontade que tivesse de dizer o que certamente também pensará de Bolsonaro - vide a preocupação manifestada na mensagem de Ano Novo - não o pode fazer, sendo que, na circunstância, o que disse é, penso eu, perfeitamente aceitável...

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