domingo, 9 de junho de 2019


Coisas de estarrecer!...


A notícia do JN revela que uma senhora de 94 anos, sem necessidades económicas, morreu de fome porque a mulher a quem confiou os bens, na condição de a cuidar, esteve-se nas tintas para essa obrigação; e foi o cheiro insuportável que da casa saía que alertou a vizinhança, que a foi  encontrar desnutrida e envolta nos seus próprios dejectos.

A notícia refere a tal alimária que ficou com os bens da senhora como “a cuidadora”, que terá assumido o encargo depois de um familiar da velhinha lhe ter extorquido uma grande quantia em dinheiro; mas o que parece claro aqui é que não basta uma pessoa usufruír de uma boa situação económica para viver uma velhice tranquila, é preciso também ter muita sorte com as pessoas que a rodeiam, e o lancinante documento que veio a público tem tudo para uma intervenção das autoridades.

E não são raras situações destas, em que idosos abastados, com más relações com a familia, ou sem família próxima, atraem oportunistas sem escrúpulos que, garantida a posse dos bens, só lhes interessa que a vítima morra depressa e que não se fale mais nisso, sendo de questionar as leis que permitem que vigaristas deste calibre possam apoderar-se dos bens, que deveriam reverter para o Estado, tendo aqui lugar, a meu ver, a vigilância dos vizinhos e da autarquia mais próxima, que será a Junta de Freguesia...
                                                                                                          

Amândio G. Martins

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