A apresentada razão de Passos Coelho, ontem, perante milhões de telespetadores, foi porventura a peça política mais idiota que eu já ouvi em toda a minha vida. Aquilo não tem, verdadeiramente, ponta por onde se lhe pegue. Cavaco Silva já nos brindou, nos últimos largos tempos, com panoramas silogísticos deste teor. Estão, pois, bem um para o outro.
A título de exemplo, quero deixar aqui apenas uma frase, uma apenas para nos deslumbrarmos com a pertinência ilocutória da coisa: "Não me demito, não me peçam para abandonar o meu país."
Pelo que julgo saber (até porque o ouvi e vi na solenidade televisiva), Passos Coelho sugeriu precisamente o abandono do país a muitos dos seus concidadãos. Por isso não entendo esta teimosia em permanecer na sua zona de conforto.
adenda: não resisto a mais uma tirada: "coligação que goza do apoio da maioria do povo" (para além de Coelho, só mesmo o Presidente da República pensará o mesmo).
adenda 2: acabo aqui: "o país está primeiro".
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