Senhores e senhoras, meninos e meninas, oiçam ou leiam esta história que
é de pasmar - Cavaco Silva conseguiu subtrair, em vez de somar. E não é que
resolveu uma difícil equação que só era até hoje uma questão, de bem governar.
Temos o melhor entre o que é bom. Temos contabilista, accionista bem avisado,
professor de alto nível e doutor bem casado. Só não temos presidente nem
artista que faça a diferença, através da competência que dê na vista nestas cont(o)as
infantis. Façam-se à terra, atirem-se ao mar, que o génio Cavaco não espera
para nos salvar. Senhores e senhoras, espécies e portugueses, gregos ou celtas,
feios e esbeltas, juntem-se todos nesta bóia de salvação, que o presidente que
assim faz é o mesmo que o que está à frente da nação. Assinemos todos por baixo
tal balanço final, magistral conclusão sobre tão elevado saber de Economia em
Portugal, que nos chega neste dia sob o ridículo de uma fórmula, intrujão introito
-: quem um a dezanove tira, só pode ficar dezoito. Porém, se mais alguém um desvio comete,
talvez só fiquem... dezassete!
Este blogue foi criado em Janeiro de 2013, com o objectivo de reunir o maior número possível de leitores-escritores de cartas para jornais (cidadãos que enviam as suas cartas para os diferentes Espaços do Leitor). Ao visitante deste blogue, ainda não credenciado, que pretenda publicar aqui os seus textos, convidamo-lo a manifestar essa vontade em e-mail para: rodriguess.vozdagirafa@gmail.com. A resposta será rápida.
terça-feira, 30 de junho de 2015
Que gaia de gestão
Que gai(t)a de gestão
Com a nova legislação de protecção e amparo dos responsáveis e governantes autárquicos, feita à medida pelos costureiros do costume e da república das bananas com formato rectangular, Luís Filipe Menezes e Marco António Costa vão continuar a rir e a zombar dos portugueses em geral e dos gaienses em particular. Carregando às costas e nos bolsos funcionais os actos que configuram crime grave e punível com severidade num verdadeiro Estado de Direito, por envolvimento ou prática de má gestão e em negócios lesivos da coisa pública, que o Tribunal de Contas numa linguagem soft define como "desconformes com a Lei", quanto a défice crónico e tremendo na Câmara de Gaia, enquanto por lá manobravam e se governavam, o ex- presidente e o seu ex-braço direito das contas forjadas, sentam-se todos os dias à mesa ou no Parque de Campismo da Madalena a beber e a comer do bom e do melhor e que a canícula recomenda. Debaixo de óculos de praia, calções à Ronaldo de marca com alguma notoriedade, o belo produto, conseguido à custa das suas apuradas "falta de credibilidade" e transparência das contas da Autarquia Gaiense, por lá será certamente, degustado. A pena a que estão sujeitos também a nós faz rir, pois não passará de um ralhete por mau comportamento, e serão apenas alvo de "fortes juízos de censura", que a Lei aprovada a régua e esquadro não dá para mais. Se fosse na China onde tenho a impressão que não existem leis nem lupas destas para salvação de tais agentes ou criaturas que chegam ao Poder pagos pelo povo, o desfecho seria outro. Perante isto que nos é dado a saber, a gente reflecte e interroga-se qual é afinal a diferença entre estas duas personagens que esvaziam os cofres enquanto outros os querem cheios, e Vale e Azevedo mais Isaltino Morais e até José Sócrates?
Com a nova legislação de protecção e amparo dos responsáveis e governantes autárquicos, feita à medida pelos costureiros do costume e da república das bananas com formato rectangular, Luís Filipe Menezes e Marco António Costa vão continuar a rir e a zombar dos portugueses em geral e dos gaienses em particular. Carregando às costas e nos bolsos funcionais os actos que configuram crime grave e punível com severidade num verdadeiro Estado de Direito, por envolvimento ou prática de má gestão e em negócios lesivos da coisa pública, que o Tribunal de Contas numa linguagem soft define como "desconformes com a Lei", quanto a défice crónico e tremendo na Câmara de Gaia, enquanto por lá manobravam e se governavam, o ex- presidente e o seu ex-braço direito das contas forjadas, sentam-se todos os dias à mesa ou no Parque de Campismo da Madalena a beber e a comer do bom e do melhor e que a canícula recomenda. Debaixo de óculos de praia, calções à Ronaldo de marca com alguma notoriedade, o belo produto, conseguido à custa das suas apuradas "falta de credibilidade" e transparência das contas da Autarquia Gaiense, por lá será certamente, degustado. A pena a que estão sujeitos também a nós faz rir, pois não passará de um ralhete por mau comportamento, e serão apenas alvo de "fortes juízos de censura", que a Lei aprovada a régua e esquadro não dá para mais. Se fosse na China onde tenho a impressão que não existem leis nem lupas destas para salvação de tais agentes ou criaturas que chegam ao Poder pagos pelo povo, o desfecho seria outro. Perante isto que nos é dado a saber, a gente reflecte e interroga-se qual é afinal a diferença entre estas duas personagens que esvaziam os cofres enquanto outros os querem cheios, e Vale e Azevedo mais Isaltino Morais e até José Sócrates?
segunda-feira, 29 de junho de 2015
A morte de Álvaro Cunhal
Fez dez anos que o país ficou mais pobre, morreu Álvaro Cunhal. Uma grande figura ,
um gigante da cidadania e da politica, a quem todos os democratas devem uma enorme gratidão. Como português, sinto um imenso orgulho pelo homem, pelo revolucionário, pelo artista, pelo humanista
e politico que foi Álvaro Cunhal, pois para
mim e para várias gerações foi uma verdadeira inspiração e um extraordinário
exemplo de honestidade, coragem e abnegação, pela luta que travou ao longo
da sua vida por um Portugal livre, justo e fraterno.
Daí sentir que foi um enorme privilégio ter
acompanhado a história de vida e de amor de Cunhal pela sua pátria e pelo seu povo,
pelo que este homem de estatura maior, como politico e artista, ficará para sempre
ligado à história da luta do povo pela liberdade, pela democracia, e pela justiça social. O país foi pequeno para a grandeza deste homem.
Texto de Arlindo Costa, publicado a 29 de Junho de 2015 , no "Diáro de Noticias ".
um gigante da cidadania e da politica, a quem todos os democratas devem uma enorme gratidão. Como português, sinto um imenso orgulho pelo homem, pelo revolucionário, pelo artista, pelo humanista
e politico que foi Álvaro Cunhal, pois para
mim e para várias gerações foi uma verdadeira inspiração e um extraordinário
exemplo de honestidade, coragem e abnegação, pela luta que travou ao longo
da sua vida por um Portugal livre, justo e fraterno.
Daí sentir que foi um enorme privilégio ter
acompanhado a história de vida e de amor de Cunhal pela sua pátria e pelo seu povo,
pelo que este homem de estatura maior, como politico e artista, ficará para sempre
ligado à história da luta do povo pela liberdade, pela democracia, e pela justiça social. O país foi pequeno para a grandeza deste homem.
Texto de Arlindo Costa, publicado a 29 de Junho de 2015 , no "Diáro de Noticias ".
Berço em Queda
Grécia 2015: o terramoto europeu que teima em abrir pequenas brechas que colocam em hastes de riste, todos os estados membros desta desunião europeia.
Muito se tem especulado sobre qual o destino a dar aos gregos, esses "puritanos infames" que não pagam o que devem.
Poucos esquecem, que na história muitos outros viram as suas dívidas renegociadas de uma forma muito mais justa e outros até obtiveram um perdão parcial daquilo que deviam, com o principio moralesco, de alavancagem da economia .
A Europa não tem sabido lidar com o problema grego da melhor maneira e Portugal, através de um governo neo liberal, e lacaio da Troika, tem sabido dar o seu lastimoso contributo para o impasse que se tem verificado nas últimas semanas.
A Grécia merecia ser tratada com mais respeito e dignidade e se muitos colocam as culpas neste Syriza , que teima em defender os interesses do povo grego em detrimento das atrocidades financeiras impostas pelos parceiros institucionais da união europeia, outros há que colocam as culpas da situação grega numa Alemanha dirigida com laivos de arrogância perante o grave problema financeiro que alguns estados membros atravessam.
Não fui daqueles que vibrou com a vitória do Syriza, porque para mim um governo que promete aquilo que era irrealista cumprir na situação da Grécia , deixa muito a desejar; foi um Syriza mal preparado e de peito feito aquele que foi para a mesa das negociações, mas uma coisa teve efeito nesta atitude pueril do Syriza : os parceiros europeus verificaram que tinham de mudar também eles de atitudes e de rumo político se queriam manter a Grécia no euro.
No entanto, as negociações tem estado numa incógnita porque as medidas que o governo grego tem apresentado não tem agradado aos troikanos; e do outro lado, as medidas contra propostas, não têm ido de encontro ás pretensões gregas.
Um impasse europeu, que só poderá ser desbloqueado quando os senhores que mandam na Europa se dignarem a fazer política a sério, porque o povo grego já pagou muito caro a fatura de uma crise que outros governos irresponsavelmente criaram nesse berço da humanidade.
Os valores em que foi alicerçado o projeto europeu, estão postos em causa e a ruptura parece iminente mas até ao lavar dos cestos é vindima e o grexit só deverá ser aplicado como ultimo recurso, embora creio que a Europa vá sofrer um abalo muito em conta derivado dessa medida
O berço da civilização está em permanente queda e nem um pára-quedas de emergência poderá diminuir o impacto da saída da Grécia do euro, mas pelo menos poderá servir para atenuar as dores iniciais de uma queda que se prevê, dolorosa.
domingo, 28 de junho de 2015
MAIS UM PÓDIO DA SELECÇÃO DE HÓQUEI EM PATINS
Terminou ontem o 42ª. Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins, que decorreu pela primeira vez em França, no Pavilhão Vendéspace, La-Roche-sur- Yon, com a vitória da Argentina que abetu na final a Espanha por (6-1), que teve a participação de dezasseis selecções, assim distribuídas em quatro grupos e pelos seguintes países e representantes dos continentes de África – (3) – África do Sul; Angola e Moçambique. América do Sul – (4) – Argentina; Brasil; Chile e Colômbia e finalmente pelo continente da Europa – (9) – Alemanha; Áustria; Espanha; França; Holanda; Inglaterra; Itália; Portugal e Suiça.
Assim a formação alviceleste, que não era campeã do Mundo desde de 1999, ergueu, ontem o troféu pela quinta vez, depois de vencer a final frente à Espanha por (6-1).
Portugal, não foi além da medalha de bronze ao bater a selecção da Alemanha, por
(7-3).Deixando assim escapar mais uma vez a conquista do título máximo da modalidade.
E assim a nossa selecção, deixou assim escapar mais uma vez a oportunidade de se poder sagrar campeã da modalidade, adiando, esse sonho para o próximo campeonato do mundo o 43º. que se irá realizar em Barcelona/Espanha. Este feito não acontece desde da edição XXXVI, realizada em Oliveira de Azeméis, em que venceu a Itália por (1-0), com um golo a dois minutos e trinta segundos do final dessa final, de autoria de Pedro Alves.
Vamos trabalhar, e com a selecção devidamente renovada, e esperar pelo próximo campeonato do mundo.. Com a vitória de ontem da Argentina, ficaram assim distribuídos os vencedores, do campeonato do mundo de hóquei em Patins.
Espanha com 16 títulos
Portugal com 15 títulos
Argentina com 5 títulos
Itália com 4 títulos
Inglaterra com 2 títulos
(Texto-opinião, publicado na edição online, secção "Escrevem os Leitores" do Jornal RECORD de 28 de Junho de 2015)
MÁRIO DA SILVA JESUS
RÁPIDAS MELHORES A TODOS OS CIDADÃOS DO MEU PAÍS
Como cidadão comum a tantos outros, não posso ficar contudo indiferente ao estado de saúde de uma outra cidadã, que se encontra em estado “muito crítico”, que só tem de diferente de outros cidadãos e que se encontram igualmente doentes, é de ter sido primeira-dama de Portugal e de ser a esposa do Dr. Mário Soares, que foi Primeiro-ministro e Presidente da República, falo da Dr.ª. Maria Barroso.
Igualmente também outras figuras públicas, se encontram igualmente doentes, como é o caso, por exemplo do ex-futebolista que representou as cores da Académica de Coimbra, SL Benfica e Sporting CP, New England Tea Men (EUA) e da Selecção Nacional, o Artur Correia, e todos os outros cidadãos anónimos do nosso País, todos eles merecem obviamente todo o nosso respeito e o desejo de rápidas melhoras.
Contudo não posso ficar indiferente, como leitor escritor de cartas, e em especial como leitor do Jornal de Notícias, à notícia publicada na edição de hoje, acerca do estado de saúde da fundadora do PS, a Dr.ª. Maria Barroso, e estado de coma profundo com se encontra a referida senhora e desejar, como o tal cidadão comum, as rápidas melhores da Senhora e de todos aqueles, sejam eles figuras públicas ou não.
No entanto não me passou despercebido as declarações da deputada socialista Dr.ª. Maria de Belém Roseiro, acerca do estado de saúde da ex-primeira-dama e que afirmou, e passo a citar…”é um pouco mãe de todos nós”. Provavelmente estava-se a referir a ser “mãe” de todos os socialistas, porque felizmente minha mãe ela efectivamente não é.
Aproveito a oportunidade e o espaço, e quero deixar o desejo de rápidas melhores de todos os doentes em Portugal.
(Texto-opinião, publicado na edição Nrº. 45.594 do Diário de Notícias da Madeira de 30 de Junho de 2015)
(Texto-opinião, publicado na edição Nrº. 45.594 do Diário de Notícias da Madeira de 30 de Junho de 2015)
Mário da Silva Jesus
sábado, 27 de junho de 2015
A POLÍTICA E A JUSTIÇA...
Nos últimos anos, com uma maior eficiência do MP, são
mais frequentes as inquirições e acusações a políticos. Houve tempos,
certamente no regime anterior e até nesta nossa "democracia", que
diversos políticos, quer das direitas quer da esquerda (leia-se PS), logo que
eram referidos nos mídia, por actos ou omissões censuráveis, de imediato se
demitiam ou eram demitidos. Não resisto a lembrar o ex-Ministro, Prof. Borrego,
que foi exonerado por ter contado uma simples anedota, embora de mau gosto. Mas
tudo isso é passado. Hoje não é normal, no PS e na coligação de direita,
que um político, face a alguma referência pouco ética ou censurável nos
mídia, não assobie para o lado, chamando a PGR à colação. Sejamos curtos e
duros. Se o político acusado ou indiciado em público, não tiver sido condenado
com sentença transitada em julgado, actua como qualquer outro cidadão,
invocando a sagrada presunção da inocência. E eu digo daqui, isso é tudo muito
certo para os cidadãos "normais", como eu. Agora os cidadãos eleitos
por voto popular, tal como militares, paramilitares e Juízes, têm uma espécie
de "capitis diminutio", e terão de tirar consequências políticas dos
seus actos ou omissões, enquanto agentes políticos. Os ex-ministros António
Vitorino, Murteira Nabo e agora Miguel Macedo, cedo perceberam que tinham de
sair, mesmo que um dia os tribunais lhes viessem a dar razão. Já o nosso
PM Passos Coelho e até (infelizmente, porque sempre votei nele) o nosso PR, não
perceberam isso, quando alegações, eventualmente exageradas ou até incorrectas,
puseram em causa a credibilidade e exemplo, que um dia teremos de exigir aos
mais altos representantes do Estado Democrático (agora sem aspas).
A Europa raptada
Com
a devida vénia transcrevo o texto com o título acima, da autoria de
Manuel Coimbra, do Porto, publicado no espaço dos leitores na edição
de 25.06.2015 do jornal Destak:
“
Segundo a mitologia grega, Europa foi uma princesa fenícia raptada
e, depois, violada por Zeus, que tomara a forma de um touro: não
admira que o seu nome signifique “ aquela que tem uma expressão
triste”. Transposto o mito para a realidade política e económica
dos nossos dias, a Europa foi raptada ideologicamente pela América,
transformando-se numa colónia da civilização e dos interesses
egoístas dos EUA. Deixou de ter iniciativa e autonomia política.
Nenhuma instituição europeia assumiu um distanciamento claro em
relação à posição americana. A União Europeia perdeu assim a
possibilidade de ser uma defensora intransigente dos direitos
humanos, para, de forma submissa, apoiar a barbárie das guerras
fomentadas pelos Estados Unidos. E importou a crise financeira
americana, transformando-a na crise das dívidas soberanas, que tanta
tragédia humana tem provocado nos países mais pobres da União. ( e
os países mais ricos não pagam as suas dívidas porquê?) O
servilismo dos atuais políticos da UE é lamentável e está ao
serviço dos interesses dos grandes grupos económico-financeiros
euroamericanos. Que triste futuro terão os cidadãos da Europa, se
continuarem a depositar as suas esperanças numa vida melhor nas mãos
destes servos europeus neoliberais.”
sexta-feira, 26 de junho de 2015
Em jeito de querer ajudar a causa helénica
O Minotauro do Labirinto de Creta teve melhor viver do que Veroufakis ou Tsipras.
E nem os deuses do Olimpo conseguem melhor fazer, pois já há muito que passaram a viver à custa da alheia greta.
Agora, como o Minotauro é global, por mais que faça acontecer, é tudo a mesma treta.
José Amaral
E nem os deuses do Olimpo conseguem melhor fazer, pois já há muito que passaram a viver à custa da alheia greta.
Agora, como o Minotauro é global, por mais que faça acontecer, é tudo a mesma treta.
José Amaral
Veio novamente à baila
Veio novamente à baila a IVG no tocante ao pagamento de uma
taxa moderada do serviço médico prestado nos hospitais públicos, pagos por quem
os sustenta: os contribuintes.
Logo, os defensores da roda livre de toda a prática
abortiva, vieram a terreiro afirmar veementemente que tais novas medidas
colidem com os direitos humanos (???), uma vez que todo o cidadão é livre de
fazer o que quiser da sua vida e da vida de quem está no seu corpo a germinar.
Eu, sem querer ser moralista ou defensor de outrem, ou
machista, ultrapassado, ou homem das cavernais e outros epítetos ou até
insultos, pergunto: a IVG é um meio contraceptivo, ou será que o belo mundo
feminino de hoje ainda vive no obscurantismo medieval?
José Amaral
O marquitos alpinista
Numa visão desassombrada, em um verão que promete ser muito
quente, o marquitos alpinista saiu muitíssimo melhor do que a encomenda.
Depois de vários afundanços perpetrados em câmaras nortenhas – pondo-as a pedir – este não romano imperador Marco António
é mesmo um gabiru de alto coturno do putrefacto laranjal de Portugal.
José Amaral
É para Avanzar! É para Avanzar!
Tem havido um anúncio televisivo de um banco em que as
palavras principais que mais chamam a atenção são: ´’é para avançar! É para
avançar!’. Isto é, as empresas solicitam empréstimos à referida instituição
bancária que lhos concede com factibilidades muito vantajosas, a fim de os
negócios avançarem.
E parece-me que que tal spot publicitário ultrapassou
fronteiras, ou então os responsáveis governamentais aliaram tal acção
publicitária à empresa espanhola AVANZAR, para que esta ponha nos ‘carris’ os
transportes públicos de Lisboa.
Assim, ‘é para Avanzar! É para Avanzar!
José Amaral
SELECÇÃO DE SUB-21 PARA JÁ COM OBJECTIVOS ALCANÇADOS
Com o empate verificado ontem de (1-1), frente à sua congénere da Suécia e referente ao grupo B, e á terceira jornada deste grupo, jogo efectuado no Estádio Municipal de Miroslava Valenty em Uherske Hradiste, na República Checa, a selecção de Portugal na categoria de Sub-21, nesta fase final do Campeonato da Europa desta categoria, Portugal não só atingiu o primeiro lugar do respectivo grupo B, como alcançou com direito próprio a estar presente na meia-final desta competição, que terá pela frente a poderosa selecção da Alemanha.
Para além da sua presença na meia-final desta prova, simultaneamente alcançou, tendo carimbado com este primeiro lugar, um dos principais objectivos traçados antes do começo deste Campeonato da Europa de Sub-21, o de ter atingido um dos maiores desejos e “sonhos”, do seleccionador nacional Rui Jorge, que era antes de demais e acima de tudo o de procurar um dos primeiros dois lugares do grupo B, e assim poder atingir a participação de Portugal nos próximos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro de 2016, o que não acontecia, desde de 2004, em Atenas-Grécia, nos 26ºs. Jogos Olímpicos, pela mão do seleccionador de então José Romão, aliás de má memória, que praticamente passou de despercebida a participação de Portugal, com nomes sonantes na altura do futebol português de então, como por exemplo de Cristiano Ronaldo, Hugo Almeida, Tiago, Hélder Postiga, Luís Boa-Morte e outros, e onde se verificaram as derrotas frente ao Iraque por 2-4; Costa Rica igualmente pelo mesmo resultado de 2-4, e por fim uma vitória consoladora frente à selecção de Marrocos por 2-1, mas que não limpou a má imagem desses Jogos Olímpicos de Atenas de 2004.
Assim esta será a quarta participação de Portugal, depois das participações nos Jogos Olímpicos de Amesterdão em 1928, Atlanta 1996 e de 2004 em Atenas, na variante de futebol. Agora será nos próximos e 28ºs. Jogos Olímpicos de 2016 a disputar no Rio de Janeiro em 2016.
Mas vamos por partes e pensar primeiramente neste Campeonato da Europa de Sub-21 a ser disputado na Republica Checa e depois vamos ter praticamente um ano para se pensar seriamente na participação nos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro. Matéria de futebolistas não falta para Rui Jorge e toda a equipa técnica de Portugal poderem fazer um trabalho e terem uma boa presença, nesses jogos em terras de Vera de Cruz no próximo ano.
(Texto-opinião, publicado na edição online, secção "Escrevem os Leitores" do Jornal RECORD de 25 de Junho de 2015)
MÁRIO DA SILVA JESUS
quinta-feira, 25 de junho de 2015
By made in Oceanário of Lisbon
Meus caros confrades encastoados neste país à beira-mar encalhado:
Já se deram ao trabalho, quando estão na zona da peixaria de grandes centros
comerciais, de lerem de onde vêm os mais variados peixes e mariscadas? De quase
todos os países, menos da nossa enorme zona marítima, com uma plataforma
quarenta vezes superior à nossa zona terrestre.
Pois bem, os grandes responsáveis governamentais de tudo
venderem a qualquer preço, resolveram fazer uma ppp com o bem-intencionado
grupo empresarial Jerónimo Martins, a fim deste último pôr o Oceanário de
Lisboa a fornecer o nosso mercado consumidor interno de topo o tipo de peixes e
mariscadas ‘by made in Ocenário of Lisbon’.
José Amaral
Prosas rimadas de ocasião
A degradação
social não é só deste país; a verdadeira raiz tem extensão mundial.
Alguém quis
globalizar para tudo ser igual; há pois que aguentar não só o bem, mas o mal.
É muito
fácil dizer o que não está bem feito; pior é não fazer melhor do que julgam ter
defeito.
Agora há
tanto doutor sabedor de todas as coisas; melhor era o ferrador fazendo coisas e
loisas.
As cúpulas
tudo nos levam, todas as mais-valias; os que produzem vegetam na pior das
agonias.
Quem está
mais abaixo inveja tais mordomias, mas logo que sai debaixo comporta-se como
esses tais.
Portanto,
aqui sentado, escrevendo estas rimas, se penso, fico alarmado, pior qu’o ‘Tio
Patinhas’.
José Amaral
IMPASSE
Mantêm-se o impasse. Reuniões sobre reuniões, num desgaste
inútil, porque não há uma genuína vontade de entendimento, de aceitação, de se
construir uma Europa.
As vontades são particulares, de cada um, no achego às suas
conveniências primeiro, e só depois, só em declarações vagas mas pomposas de
belos principios, em bonitas enunciações, vêm os discursos sobre essa Europa
hipotética, irrealizável.
Onde estão as verdades? Onde estão as mentiras? Haja o
desfecho que houver, haverá sempre meias desculpas, deitar a culpa nos outros,
entricheirar-se em cobardias diplomáticas.
E no dia a seguir, o mundo continuará a ser o mundo. O que
importa a miséria dos outros senão varrê-los para a sargeta ? o que importa
somos nós. A solidariedade é um conceito
bonito, quando estamos satisfeitos e de barriga cheia. Aí, talvez tenhamos
algum tempo para olharmos para o outro, e eventualmente, dar-lhe uma pancada
nas costas.
Os politicos não são incompetentes por serem fracos a
desempenhar as suas funções. A incompetência é uma das competências principais nos seus currículos. Sem ela, eles
não vingariam na hierarquia das teias nebulosas e poluídas que enformam a
política contemporânea.
E nós, estamos cansados, o que lhes facilita a vida.
quarta-feira, 24 de junho de 2015
Sonho ou Ambicao?
É importante nos dias que atravessamos, que a confusão semântica e vivenciada não se instale nas nossas cabeças, sob pena de nos desiludirmos perante determinados objetivos.
Todo o profissional, ambiciona a progressão na carreira mas também sonha em chegar mais longe na sua meta profissional, do que se limitar ou limitar as suas conquistas na tentativa de ter uma vida melhor e mais organizada.
Torna-se importante distinguir, o sonho da ambição ,por forma a que os nossos objetivos profissionais fiquem mais nítidos .
O rigor na escolha de determinado caminho no mercado de trabalho, é por demais importante pois é esse caminho que vai ditar as escolhas que iremos fazer ou ser "obrigados" a fazer , por imposição alheia do mercado laboral, quando chegar a altura de tomar decisões .
Muitos profissionais na ânsia, mais do que justa e compreensível, de impactar um novo impulso á sua carreira, deixa que os seus anseios tomem conta da racionalidade de uma decisão que se quer séria e ponderada .
É crucial, o facto de sabermos quando atingimos o ponto de enveredar por um sonho ou prolongar a nossa tão almejada ambição, porque quando estes dois itens se misturam, por vezes torna se difícil compreender e distinguir um do outro.
Ambos são legítimos, e ambos são perfeitamente materializáveis na medida em que simbolizam a expansão mais do que natural do profissional , que busca novas metas e desafios .
No entanto, a dada altura, é demasiado relevante separar as águas e colocar os sonhos e ambições em potes decisórios diferentes .
Se por um lado, o sonho determina a ambição, por outro a ambição é a constante materialização desse mesmo sonho. Por outras palavras: o sonho é o objetivo mas a ambição na busca por esse mesmo objetivo, é que vai determinar o sucesso no seu alcance.
Assim sendo, vai haver um momento em que terá de se decidir entre o sonho e a ambição, pese embora ambos num primeiro momento, sejam como que indissociáveis.
A questão que está colocada como título deste artigo, não é de todo despiciente e serve mesmo como ponto de partida, para o que realmente queremos alcançar : um sonho ou a ambição ?
Se for um sonho, ele é concretizado e depois direcionamos a nossa percepção para o próximo sonho ; se pelo contrário, se trata de uma ambição, esta é mais desafiadora pois vai nos colocar sempre á prova, induzindo as nossas capacidades e competências muitas vezes em constantes guerrilhas pérfidas, que só irão servir para adiar aquilo que em certas situações se torna o inevitável.
Lutar pelos sonhos é sempre bom e de salutar , mas transformá-los em ambição e fazer disso uma "batalha' constante , torna se muito mais proveitoso, porque no final a recompensa será sempre melhor.
Todo o profissional, ambiciona a progressão na carreira mas também sonha em chegar mais longe na sua meta profissional, do que se limitar ou limitar as suas conquistas na tentativa de ter uma vida melhor e mais organizada.
Torna-se importante distinguir, o sonho da ambição ,por forma a que os nossos objetivos profissionais fiquem mais nítidos .
O rigor na escolha de determinado caminho no mercado de trabalho, é por demais importante pois é esse caminho que vai ditar as escolhas que iremos fazer ou ser "obrigados" a fazer , por imposição alheia do mercado laboral, quando chegar a altura de tomar decisões .
Muitos profissionais na ânsia, mais do que justa e compreensível, de impactar um novo impulso á sua carreira, deixa que os seus anseios tomem conta da racionalidade de uma decisão que se quer séria e ponderada .
É crucial, o facto de sabermos quando atingimos o ponto de enveredar por um sonho ou prolongar a nossa tão almejada ambição, porque quando estes dois itens se misturam, por vezes torna se difícil compreender e distinguir um do outro.
Ambos são legítimos, e ambos são perfeitamente materializáveis na medida em que simbolizam a expansão mais do que natural do profissional , que busca novas metas e desafios .
No entanto, a dada altura, é demasiado relevante separar as águas e colocar os sonhos e ambições em potes decisórios diferentes .
Se por um lado, o sonho determina a ambição, por outro a ambição é a constante materialização desse mesmo sonho. Por outras palavras: o sonho é o objetivo mas a ambição na busca por esse mesmo objetivo, é que vai determinar o sucesso no seu alcance.
Assim sendo, vai haver um momento em que terá de se decidir entre o sonho e a ambição, pese embora ambos num primeiro momento, sejam como que indissociáveis.
A questão que está colocada como título deste artigo, não é de todo despiciente e serve mesmo como ponto de partida, para o que realmente queremos alcançar : um sonho ou a ambição ?
Se for um sonho, ele é concretizado e depois direcionamos a nossa percepção para o próximo sonho ; se pelo contrário, se trata de uma ambição, esta é mais desafiadora pois vai nos colocar sempre á prova, induzindo as nossas capacidades e competências muitas vezes em constantes guerrilhas pérfidas, que só irão servir para adiar aquilo que em certas situações se torna o inevitável.
Lutar pelos sonhos é sempre bom e de salutar , mas transformá-los em ambição e fazer disso uma "batalha' constante , torna se muito mais proveitoso, porque no final a recompensa será sempre melhor.
Os "doutores" à medida
O ex-ministro Relvas, que na actualidade parece meio extinto, meio
esquecido, meio imagem, mas inteiro e esperto como um rato, está metido num
lameiro que não há adubo que o restaure e o faça viçoso. As conclusões da
Inspecção Geral da Educação e Ciência(IGEC) ao anular as
falsas"licenciaturas" assentes em créditos fabricados pela
mentira e o favor, explicam em grande parte o estado crítico a que chegou o país.
Portugal viu-se de repente numa crise de contornos com diversos efeitos, de
valores e competências que encontra a sua origem também na Lusófona-
Universidade do privado superior, que funcionava puxada a compadrios e com os
cofres cheios de créditos incrédulos, apresentados por figuras e
figurões que governaram o país de Bocage, de Almada e de Natália Correia. Hoje
os "licenciados" encadernados, nestas escolas que quiseram
transformar os que habitavam na treva do saber e iluminá-los da noite para o
dia, abundam por aí bem instalados a tirar proveito da bandalheira que lhes
facilitou a falsa formação académica e até produziu doutores da mula ruça como
não há memória. Afastados alguns da governação, não se poderá afirmar que tais
personagens estão afastados das influências que o estatuto trapaceiro
conseguido pela burla académica e enquanto no exercício de cargos públicos,
lhes não permite ainda hoje influenciar e até operar em negócios que abrangem
as áreas da política até à agrícola, com porcos à mistura e outras matérias que
entram na construção de todo o pagode nacional. É que em Portugal, demora mais
tempo a anulação das falsas competências pelas Instâncias eleitas e legais para
o decretar, do que licenciar e doutorar qualquer besta quadrada que se apresente
carregada de livros e de discursos vazios, e se inscreva na secretaria duma
Lusófona qualquer perto de si. Uma demora assim permite que mais cedo ou mais
tarde os vejamos de novo, a ministros, por um canudo.
terça-feira, 23 de junho de 2015
Mitos urbanos
Passos Coelho negou que, na qualidade de primeiro-ministro,tenha em tempos convidado os portugueses a emigrar, dizendo que tal não passa de um mito urbano.
Entretanto, sabemos que em Portugal o desemprego
continua a tocar à porta de centenas de milhares de portugueses, mas presumo que para Passos Coelho isso
não passe de um "mito urbano" . Centenas de milhares de jovens tiveram de sair do país para conseguir trabalho, mas
presumo que para Passos Coelho isso não passe de mais um mito urbano. Centenas de milhares de idosos deste país vivem com grandes dificuldades económicas, e ao mesmo tempo angustiados com a incerteza do futuro dos seus filhos e dos seus netos, face à politica de destruição da economia do nosso país levada a cabo por este governo. Mas, presumo que Passos Coelho ache que isto não passa de um mito urbano.
Centenas de milhares de portugueses não têm médico de
família, mas presumo que Passos Coelho ache que isso não
passa de mais um mito urbano. (...)
Texto de Arlindo De Jesus Costa, Publicado no Diário de Notícias em 23 de Junho de 2015.
Entretanto, sabemos que em Portugal o desemprego
continua a tocar à porta de centenas de milhares de portugueses, mas presumo que para Passos Coelho isso
não passe de um "mito urbano" . Centenas de milhares de jovens tiveram de sair do país para conseguir trabalho, mas
presumo que para Passos Coelho isso não passe de mais um mito urbano. Centenas de milhares de idosos deste país vivem com grandes dificuldades económicas, e ao mesmo tempo angustiados com a incerteza do futuro dos seus filhos e dos seus netos, face à politica de destruição da economia do nosso país levada a cabo por este governo. Mas, presumo que Passos Coelho ache que isto não passa de um mito urbano.
Centenas de milhares de portugueses não têm médico de
família, mas presumo que Passos Coelho ache que isso não
passa de mais um mito urbano. (...)
Texto de Arlindo De Jesus Costa, Publicado no Diário de Notícias em 23 de Junho de 2015.
Mais um exemplo pátrio a seguir
Num país onde os ‘brandos costumes’ deram origem a muitos
crimes de lesa Pátria e aos maiores roubos de toda a sua História: BPP, BPN e,
entre muitos outros, o apagão colossal do BES, eis que, por solicitação
benemérita própria, o cidadão Ricardo Salgado encomendou um livro que o
isentasse de todos os males que lhe foram assacados pelo desaparecimento do
‘seu’ banco e sim por culpa de terceiros que tal rombo nele perpetraram, sem
que ele fosse tido ou achado em tal astronómica sacanice, bem como a sua
exemplar e modesta família.
Assim, talvez no próximo dia 10 de Junho, seja quem for o
PR, tenhamos o dito senhor, que já foi ‘o dono disto tudo’, a ser agraciado pelos mais altos serviços prestados à Pátria de Camões, e que o seu ‘exemplo
pátrio’ seja seguido por todos nós, os lorpas do sistema.
José Amaral
Ser e falar português
Ser português é ter a coragem de enfrentar mundos desconhecidos,
hoje como antes, em busca do alimento e de uma vida melhor.
Ser português é ser amável, moldável, quantas vezes vulnerável
pelas saudades dos que ficaram para trás.
Ser português é tanta coisa, porém às vezes parece tão
pouca.
Digo isto a propósito de uma recente permanência numa ilha
espanhola, onde abundam portugueses que muito contribuem para a economia
espanhola, mas que nem por isso estes se esforcem por falar a nossa língua.
Orgulhosamente fala-se espanhol, depois inglês, alemão.
Português? – “no te entendo”, ouve-se com frequência. Informação em português:
zero. Animação em português: zero. Língua portuguesa nos aviões: zero (talvez e
com sorte o português do Brasil)
Choca ver a pouca estima que têm por nós. A subserviência crónica,
a falta de porte de quem nos governa, a cobardia do deixa andar é provavelmente
a razão deste desprezo
Mas enfim, talvez que a nossa língua, (falada por mais de
200 milhões de pessoas), tal como a TAP, tal como a PT, tal como o governo
(esse não! enganei-me) estão a ser vendidas a retalho. Daí a pouca importância
que lhe é dada por esse mundo fora.
Passagem para a outra margem
Estando com algum tempo, pensando no tempo que tenho
dissipado quase ao desbarato, sem me dar conta de tanto tempo perdido que já
perdi, em que esse tempo não passou de um mísero ceitil, que mesmo assim nunca
mais encontrarei, verifico quão importante e valiosa seria essa moeda se agora
voltasse a esse tempo que é tempo ido, apenas retido nas minhas memórias e
cinzelado no meu corpo que ora apresento.
E já crestado com tanto tempo que por mim passou, vivido em
muito menor espaço-tempo àquele que já perdi, eis-me naquela ‘barca bela’ que
para mim navegou sem vela, ao sabor de mil tormentas, qual indefesa pagela, em
que o que nela se escrevia nada valia.
Todavia, no mesmo espaço-tempo existe muita ‘boa gente’,
dita ‘temente a Deus e seguidora de todos os Seus preceitos e outras boas
práticas sociais’, que continua neste temporal estado de vida terrena,
antecâmara ou cais de embarque para a terminal ‘passagem para a outra margem’, abarrotada de ouro, jóias e pedrarias, roubados aos seus concidadãos, com
julgasse que os seus caixões ou baús tivessem gavetas ou cofres para os
armazenar, ou até ligações a paraísos fiscais, a fim de continuar a senda
criminosa de todas as falcatruas terrenas.
Meus caros amigos deste espaço terreno, só levamos – quando
partimos – o bem que a outrem façamos. E lembrem-se: só temos uma vida; não
queiramos, pois, privar o nosso semelhante de ter a sua própria vida,
deixando-o viver com o mínimo de dignidade perante todos, numa sociedade que é
composta por todos nós, sem excepção.
José Amaral
segunda-feira, 22 de junho de 2015
A violência nos EUA
Impressiona-me a frequência com que nos EUA se dão acontecimentos tão trágicos como o que aconteceu agora em
Charleston (EUA), onde Dylann Roof, um jovem de 21 anos, entrou numa Igreja e assassinou a tiro nove pessoas. Ora, perante mais esta tragédia, pergunto-me: Como continua a ser possível a ocorrência destes horrores no país do " Tio Sam " ? O que leva a que, ciclicamente, aconteçam estas tragédias nos EUA ? Será que tudo isto tem a ver com o aparente e doentio culto das armas por
parte da maioria dos norte-americanos ? E esse culto terá a ver com o choque de culturas entre o " homem branco " colonizador
e os naturais das então Nações Índias , que, como se sabe, acabou
na dizimação destes ? A verdade é que, nos EUA, a vida do ser humano parece valer pouco, sendo o Estado o primeiro a dar o
(mau) exemplo com a permissão da pena de morte. Por tudo
isto, pergunto-me: quantas mais tragédias são " necessárias acontecer, para que o presidente Obama acabe com essas duas leis
criminosas, ou seja, aquelas que permitem que qualquer anormal, ou não, compre uma arma de fogo com a mesma facilidade com
que se compram pipocas, e a bárbara aplicação da pena de morte ? (...)
Texto de Arlindo De Jesus Costa, publicado no Jornal " Público " a 21 de Junho de 2015.
Charleston (EUA), onde Dylann Roof, um jovem de 21 anos, entrou numa Igreja e assassinou a tiro nove pessoas. Ora, perante mais esta tragédia, pergunto-me: Como continua a ser possível a ocorrência destes horrores no país do " Tio Sam " ? O que leva a que, ciclicamente, aconteçam estas tragédias nos EUA ? Será que tudo isto tem a ver com o aparente e doentio culto das armas por
parte da maioria dos norte-americanos ? E esse culto terá a ver com o choque de culturas entre o " homem branco " colonizador
e os naturais das então Nações Índias , que, como se sabe, acabou
na dizimação destes ? A verdade é que, nos EUA, a vida do ser humano parece valer pouco, sendo o Estado o primeiro a dar o
(mau) exemplo com a permissão da pena de morte. Por tudo
isto, pergunto-me: quantas mais tragédias são " necessárias acontecer, para que o presidente Obama acabe com essas duas leis
criminosas, ou seja, aquelas que permitem que qualquer anormal, ou não, compre uma arma de fogo com a mesma facilidade com
que se compram pipocas, e a bárbara aplicação da pena de morte ? (...)
Texto de Arlindo De Jesus Costa, publicado no Jornal " Público " a 21 de Junho de 2015.
Tenho maus pensamentos
Sempre pensei – porque tenho maus pensamentos – que os
‘filantropos’ comentadores políticos – papagaios de estimação partidária – de
igual partidarite, com alguns retoques e pensados remoques, botavam faladura de
borla, quando eram ‘obrigados’ a ir às pantalhas televisivas.
Soubemos agora que se pagam muito bem pelas calculadas
diatribes que debitam, a fim de levarem a ‘água a seu moinho’, que os fornece
de muitas escandalosas subvenções, pensões e outras tenças.
Portanto, e por via disso – descobrindo ‘a careca de alguns
papagaios’ – Eduardo Cintra Torres foi ‘chincado’ publicamente pelo ‘isento’
Nuno Melo, o jovem político que defende o seu povo e a carteira como ele sabe
tão bem fazer, pois a escola foi-lhe mestra.
José Amaral
HAVEMOS DE IR A VIANA ...
Desde criança que fui habituado no mês de Agosto ir a Viana do Castelo assistir à Romaria da Senhora da Agonia e confesso que o que mais adorava era ver os cabeçudos a desfilar. Dei comigo a pensar nesta cena quando li há dias que os estaleiros navais estão a erguer-se graças à nova gestão que tem conseguido várias encomendas e com isso contratado e subcontratado algumas centenas de trabalhadores o que é óptimo para Viana, para o País e para a economia nacional e tudo isto após vários anos ter causado enormes danos a todos nós. Pelos vistos, quando digo a todos nós, talvez seja um exagero pois ninguém esquece a romaria da brigada do quanto pior, melhor, que se deslocou à cidade foz do rio Lima em Dezembro de 2013 na tentativa habitual de impedir qualquer solução. Como se já não bastasse o rombo na época causado pela anulação da encomenda de dois ferryboats feita pelo governo socialista dos Açores, soube-se hoje que a eurodeputada socialista Ana Gomes, continua na sua luta protestando contra a própria decisão de Bruxelas que foi favorável ao governo. Será difícil imaginar com que tamanho devem estar nesta altura as cabeças daquela brigada? Termino lembrando Amália, " Se o meu sangue não me engana, havemos de ir a Viana ", em homenagem àquela gente tão pura e trabalhadora. Jorge Morais
Carta publicada no jornal DESTAK de 22.06.2015
domingo, 21 de junho de 2015
Também quero uma comenda
Quero a
comenda, pois claro! E porque não? É certo que não sou do círculo restrito da Dra.
Maria Cavaco Silva mas, quando vemos que o sr. Presidente da República agraciou
o costureiro que concebe as fatiotas da esposa com a comenda de Grande-Oficial
da Ordem do Infante D. Henrique, nada me impede de exercer a minha invejazinha
e reclamar, como qualquer português que exerce um ofício digno e com esforço, a
atribuição de um reconhecimento oficial. Para além disso, dei quase três anos
da minha vida ao Estado Português, dois dos quais em serviço militar na Guerra
Colonial.
Nada tenho
contra o sr. Carlos Gil, o estilismo, a moda e coisas que tais. Do mesmo modo
que nada tenho que me imiscuir nos critérios do sr. Presidente para designar os
“seus” laureados. Mas não posso deixar de constatar que as funções oficiais
desempenhadas pelo novel Comendador, certamente bem (?) remuneradas, lhe vão
rendendo frutuosas distinções honoríficas. Nomeado em 2006 para tão nobres
atribuições, logo em 2009, também no 10 de Junho, foi nomeado Jovem de Sucesso
em Portugal e no Estrangeiro e, seis anos passados, reincide com a presente
comenda. É caso para perguntar qual seria a próxima distinção caso não houvesse
limitação dos mandatos presidenciais.
Quando o
prof. Cavaco Silva venceu as presidenciais de 2006, comentei entre amigos que,
enquanto presidente, ele haveria de desbaratar o prestígio que, efectivamente,
detinha entre uma maioria dos portugueses. Acho que não me enganei muito e
constato que ele sente que poder exercer as mais altas funções do País, durante
dez anos, valem por tudo. Vanitas
vanitatum…
Quanto a
mim, se me quiserem outorgar uma qualquer distinção, estou disponível. E uma
coisa eu prometo: quando posar para a fotografia, ao lado da bandeira de
Portugal e com a comenda ao dependuro, cuidarei de não enfiar displicentemente
a mão no bolso…
O décimo terceiro trabalho de Hércules
O actual cisma entre o Eurogrupo e a Grécia só poderá ser resolvido com bom senso, dado que não há uma parte que possa dizer que precisa menos da outra. Será um trabalho hercúleo, mas creio que será mais simples do que os responsáveis têm feito querer parecer.
EÇA 2015
EÇA 2015
Na famosa entrevista de Eça de Queiroz do Ano Novo de 1872 com o Ano Velho de 1971, deu-nos a conhecer a sua opinião sobre o sistema vigente em Portugal; vejamos:
-Um ministério é uma colecção de homens encarregados de governar o País, isto é, de ter a mão na chave da despensa.
-Um partido é um "ónibus que leva aos empregos"
-A política é a ocupação dos ociosos, a ciência dos ignorantes e a riqueza dos pobres.
-e a questão da fazenda(...) uma espécie de nós que todos, um por um, são chamados a desatar- e que cada um aperta mais, acontecendo que a alguns fica «na mão o pó da corda», pó com « que se compram os melões».
O Governo!O País esperava dele aquilo que devia tirar de si mesmo, pedindo ao Governo que fizesse tudo o que lhe competia a ele fazer!...Queria que o Governo lhe arroteasse as terras, criasse a sua indústria, escrevesse os seus livros, alimentasse os seus filhos, erguesse os seus edifícios, lhe desse a ideia do seu Deus! E quando o Governo faz tudo, o povo estira-se ao sol e acomoda-se para dormir.
Se nós compararmos a nossa vida neste século, vemos desenhada muita da apregoada ideologia política em muitos partidos, vemos aparecerem figuras como Mário Soares, Cavaco, Sampaio, Guterres, Sócrates, Durão, Passos, Jardim Gonçalves, Oliveira e Costa, Vale e Azevedo, Rendeiro, Lelo, Jerónimo, Arsénio, e tantos outros, que poderiam terem um lugarinho nestas opiniões queirosianas e que conduziram os portugueses,sofridos, para a sombra da bananeira
Ao invés, os Alfredo da Silva, Mellos, Champalimaud, Américo Amorim, Mota, Vinhas, Queiroz Pereira, Belmiro,virando as costas aos governos, criaram monstros comerciais ou industriais, que tiram os portugueses do sol e acordam-nos para uma vida digna de trabalho.
duarte dias da silva
A TAP ainda não se foi
Até parece que a privatização da TAP está consumada. Não
está, faltam ainda alguns (esperançosos) procedimentos. O secretário de Estado,
Sérgio Monteiro, deve saber disso. Ainda assim, com euforia contida,
vangloriou-se perante o País de concretizar o que outros vêm tentando, sem
sucesso, desde há 15 anos. Como habitualmente, o Governo ganhou o
braço-de-ferro disputado com tantos que tentaram opor-se-lhe. Adivinhava-se,
está-lhe no ADN. Ninguém foi capaz de vender, mas este Governo conseguiu.
Hossana!
Ó dr. Sérgio, vender, vende-se sempre, tudo depende do
preço. E diga lá se, neste caso, não aceitaria vender mesmo a preço negativo…
Admirável é esta coligação pretender maiorias qualificadas para investir,
bastando-lhe a sua própria e única vontade para desinvestir. Ao contrário do
senso comum que, nas famílias, permite uma única vontade para comprar, mas
exige duas para vender.
Ninguém sabe ao certo o que está no caderno de encargos da
TAP, mas uma coisa eu sei: não consta do articulado nenhuma proibição de os
vencedores do processo virem a contratar, no futuro próximo, quem com eles,
pelo Estado, estabeleceu esta negociata. E devia constar.
sábado, 20 de junho de 2015
Sondagens
Apareceram umas sondagens, acerca das próximas eleições
legislativas, que dão à actual coligação governamental PSD/CDS, de cariz
profundamente ultra liberal, a previsão de 38% de intenções de voto, enquanto o
PS se queda nos 37%, seguindo o PCP com 10% e o BE com 8%.
Entretanto, enquanto os actuais carrascos do povo já se
ufanam na intencionada ‘revalidação do título’, a Oposição – dita de Esquerda –
continua avessa a qualquer plataforma de entendimento, a fim de banir de uma
vez por todas os inimigos do dito ‘nosso povo’, pois todas essas forças
alcançarão nas ditas sondagens a bonita soma de 55% de todas as intenções de
voto.
Portanto, porque esperam para porem tudo em pratos limpos?
José Amaral
600 anos depois - as saborosas tripas à moda do Porto
Dobrada à moda do
Porto
Nem sempre foi
iguaria;
Hoje é um famoso
prato
Que até tem
confraria.
Mas foi a necessidade
De aprovisionar
embarcações,
Para a conquista de
Ceuta
E outras mais
possessões.
As carnes prá
marinhagem
E só as tripas
restaram;
E desde 1415 até hoje
600 anos passaram.
Hoje está tudo
diferente
E a dobrada também;
Até D. Henrique – o
Infante,
As tripas lhe
saberiam bem!
José Amaral
Quem está mal,muda-se!
Os paradigmas do mercado de trabalho, mudam consoante os tempos que vivemos e isso por vezes pode gerar confusões no nosso pensamento, levando-nos a tecer considerações erradas sobre determinados aspetos.
A constância de um emprego, já não se verifica, fruto também das alterações que se produziram no mercado laboral, e que resultaram em diferenças de pensamento que em muito contribuíram para que a tão denominada e valiosa polivalencia , ganhasse atualmente um peso considerável na hora de enveredar por uma carreira profissional.
Temos assistido de há uns três anos para cá , sensivelmente, a um rol de conferências e eventos, onde especialistas de várias áreas e setores de atividade nos vêem dizendo que os empregos para a vida já não existem e mesmo que existam são uma gota num imenso oceano de oportunidades que estamos a perder, por causa do tão "acomodado" conforto financeiro que esse dito trabalho nos dá. Uma coisa é absolutamente correta: não há empregos para a vida e mesmo que houvesse, até eu os recusava , porque as oportunidades de sermos uns autênticos camaleões no atual mercado de trabalho, vai nos proporcionar aceder a um vasto leque de segmentos e caminhos que não teríamos, se nos mantivéssemos "agarrados" a uma dependência única que por certo nos iria condicionar e castrar todas as nossas competências e ambições profissionais.
Todos nós devemos estar sempre a querer almejar ir mais além, a procurar por novas e desafiantes oportunidades, a lutar incessivamente contra os negativistas que dizem que arriscar é mau. O mercado de trabalho, tem sofrido ao longo dos anos uma mutação e uma volatilidade enorme, e esta crise financeira veio colocar á prova a capacidade empreendedora dos trabalhadores e dota-los de preciosas ferramentas que possibilita que estes anteriormente designado de conformistas, se lancem no mercado laboral de uma forma mais arrojada e sem medos mas sempre tomando as devidas precauções.
Quem está mal, muda se e deve-o fazer sob pena de deixar escapar oportunidades que podem mudar a nossa vida; se a desmotivação é um fator a considerar na hora de mudar, então é porque chegou mesmo a hora de vestir outra "pele" e arriscar noutro lado.
Não devemos ficar colados a um local de trabalho, só porque este nos garante uma falsa segurança financeira ao fim do mês: o medo de arriscar é muitas vezes castrador no alcançar de outras funcionalidades que o mercado atual tem para nos oferecer.
Quem está mal, muda-se! Sempre ouvi dizer isto e muitas vezes, os adágios populares, têm mesmo a sua razão de ser e existir. Pouca gente o leva á letra mas nos tempos que correm, é caso para pensar: e porque não começar já hoje a tratar de levar á letra este adágio? Já imaginaram as oportunidades que estão a perder - que estamos a perder - só pelo simples facto de termos medo de fazer qualquer coisa de diferente?
E se correr mal? Bem, neste caso o fator de aprendizagem deve ser um catalisador para corrigir os erros mas também um impulsionador para que voltemos a tentar. E ao contrário do que dizem, não é no poupar que está o ganho mas sim no arriscar e na vontade de vencer! Por isso, quem estiver mal, que se mude mas mude mesmo!
A constância de um emprego, já não se verifica, fruto também das alterações que se produziram no mercado laboral, e que resultaram em diferenças de pensamento que em muito contribuíram para que a tão denominada e valiosa polivalencia , ganhasse atualmente um peso considerável na hora de enveredar por uma carreira profissional.
Temos assistido de há uns três anos para cá , sensivelmente, a um rol de conferências e eventos, onde especialistas de várias áreas e setores de atividade nos vêem dizendo que os empregos para a vida já não existem e mesmo que existam são uma gota num imenso oceano de oportunidades que estamos a perder, por causa do tão "acomodado" conforto financeiro que esse dito trabalho nos dá. Uma coisa é absolutamente correta: não há empregos para a vida e mesmo que houvesse, até eu os recusava , porque as oportunidades de sermos uns autênticos camaleões no atual mercado de trabalho, vai nos proporcionar aceder a um vasto leque de segmentos e caminhos que não teríamos, se nos mantivéssemos "agarrados" a uma dependência única que por certo nos iria condicionar e castrar todas as nossas competências e ambições profissionais.
Todos nós devemos estar sempre a querer almejar ir mais além, a procurar por novas e desafiantes oportunidades, a lutar incessivamente contra os negativistas que dizem que arriscar é mau. O mercado de trabalho, tem sofrido ao longo dos anos uma mutação e uma volatilidade enorme, e esta crise financeira veio colocar á prova a capacidade empreendedora dos trabalhadores e dota-los de preciosas ferramentas que possibilita que estes anteriormente designado de conformistas, se lancem no mercado laboral de uma forma mais arrojada e sem medos mas sempre tomando as devidas precauções.
Quem está mal, muda se e deve-o fazer sob pena de deixar escapar oportunidades que podem mudar a nossa vida; se a desmotivação é um fator a considerar na hora de mudar, então é porque chegou mesmo a hora de vestir outra "pele" e arriscar noutro lado.
Não devemos ficar colados a um local de trabalho, só porque este nos garante uma falsa segurança financeira ao fim do mês: o medo de arriscar é muitas vezes castrador no alcançar de outras funcionalidades que o mercado atual tem para nos oferecer.
Quem está mal, muda-se! Sempre ouvi dizer isto e muitas vezes, os adágios populares, têm mesmo a sua razão de ser e existir. Pouca gente o leva á letra mas nos tempos que correm, é caso para pensar: e porque não começar já hoje a tratar de levar á letra este adágio? Já imaginaram as oportunidades que estão a perder - que estamos a perder - só pelo simples facto de termos medo de fazer qualquer coisa de diferente?
E se correr mal? Bem, neste caso o fator de aprendizagem deve ser um catalisador para corrigir os erros mas também um impulsionador para que voltemos a tentar. E ao contrário do que dizem, não é no poupar que está o ganho mas sim no arriscar e na vontade de vencer! Por isso, quem estiver mal, que se mude mas mude mesmo!
sexta-feira, 19 de junho de 2015
OS CONVENCIDOS
OS CONVENCIDOS
Artur Pereira, na sua crónica no i, colocou o dedo na ferida dos sepulcros caiados que habitam a necrópole política portuguesa. Tal ex-jogador de futebol, depois treinador, vencedor de campeonato, convencido ser o melhor, há uma legião de jogadores políticos, autênticos sepulcros caiados, sejam deputados, governantes, diretores gerais, que passam rapidamente de jogadores a campeões e que habitam na necrópole política nacional. A propósito da TAP, evocando outras privatizações, aparece toda uma procissão de zumbis, uns jogadores, outros treinadores, outros comentadores, servindo-se dos lugares, na AR, nos Governos, nas TVs, cozinhando entre si uma sopa de pedra , todos trabalhando na mesma cozinha, embora com tarefas diferentes, vão justificando a incapacidade de a função pública de gerir grandes empresas, vão ajudando o empobrecimento da nação, vão-se engrandecendo e vão deixando o povo sem armas, e da sopa, resta-lhe a pedra. Apetece-me repetir o anglicanismo de A.Pereira , mas fico-me pelo latino PORCA MISERIA!
Duarte dias da silva
Aliviado...
O Presidente está muito aliviado
por ter sido vendida a TAP … Estará aliviado também quando tomar acontecimento
do Relatório das politicas de saúde depois da troika , onde se conclui pela
existência de menos enfermeiros e
distribuição de menor número de médicos de família no interior com evidente
prejuízo para as populações , cortes de material cirúrgico ,adiamento de
intervenções cirúrgicas por falta de vagas ? Estará aliviado pela “sangria” de jovens
qualificados para o estrangeiro á procura de um trabalho digno ? Estará
aliviado quando se sabe que no ranking mundial estamos classificados no quinto
lugar , na corrupção ? Estará aliviado quando se sabe que a vida das pessoas
está a degradar-se dia a dia, chegando a não ter dinheiro para medicamentos ?
Estará aliviado quando se sabe que há pessoas que pedem aos médicos para
prescrever medicamentos mais baratos ? Ficará aliviado quando se sabe que
existe pressão sobre os médicos para não
receitarem certos medicamentos ? Ficará aliviado quando se sabe que por exemplo
o crédito mal parado atingiu número record ? Ficará aliviado quando persistem
empresas com salários em atraso ? É latente agressividade no pais, aumento de
violência doméstica e contra idosos, tudo por causa da crise das dificuldades
dificilmente insuperáveis , o Senhor Presidente ficará assim aliviado ? A
tensão existente entre as forças de Segurança por questões remuneratórias,
condições de trabalho, levando alguns mas militares até ao suicídio , dará
algum alivio ao Presidente ? Ficará aliviado quando se aproximam as eleições e
a crispação entre as forças politicas está a aumentar a níveis preocupantes ?
Finalmente ficará aliviado quando os lesados do BES estão determinados a prosseguir os protestos por terem sido
espoliados e afectados nas suas poupanças, vivendo já alguns no lilmiar da
pobreza ? Induzidos em erro por gestores que prometiam segurança nos depósitos,
o próprio Presidente afirmava que a crise do BES , não traria danos de monta… e
depois viu-se a tragédia… Tambem por estas declarações e vendo as consequências
que advieram para as pessoas e suas poupanças, ficará ainda assim aliviado ?
Ficará aliviado com as declarações da Presidente do Banco Alimentar segundo as
quais (sondagem feita no Banco Alimentar) há pessoas que por vezes têm um dia a
passar fome … não têm comida …. Muitos casos se poderiam enumerar , mas os
referidos são suficientes para concluir
que assim não é possível ser optimista neste pais… Não se pode ocultar a
realidade e fingir que está tudo no pais das maravilhas, seria como se fôsse um
“ Conto de crianças”….Infelizmente não é assim
Francisco Pina
Francisco Pina
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