Há meia dúzia de anos, tive a oportunidade de numas curtas férias em quatro ilhas no arquipélago dos Açores ter ficado com a feliz sensação de ter aterrado no paraíso tal era a beleza natural e a paz que se vivia naquelas paragens e isto apesar de ter ido com a fasquia muito elevada tais eram as opiniões de vários testemunhos. As lagoas, o verde matizado das pastagens salpicado por manadas de bovinos, as furnas, o parque da Terra Nostra, a travessia do Faial para o Pico sempre acompanhados por golfinhos e cachalotes soprando imponentes jorros de água, os vinhedos no labirinto de muros e "currais de vinha" Património da Humanidade, as estradas bordejadas por hortênsias de todas as cores, a Manta de Retalhos vista do miradouro que nos falava Nemésio, a descida da cratera dum vulcão imaginando-nos por momentos em personagens do livro de Júlio Verne na Viagem do centro da terra, a gastronomia, as pessoas, enfim, fico-me por aqui pois seria um nunca mais acabar de descrever tanta maravilha da mãe Natureza e que o homem, felizmente, tem sabido preservar.
Ora o que me levou a recordar tão belo quadro, foi o artigo de Joel Neto na última Revista NM de 17 de Maio acerca do seu livro Arquipélago e do seu regresso à sua terra natal. Penso, e ele sabe-o, que está no local certo para dar vida ao seu projecto literário e faço votos para que continue a divulgar as suas origens e como diz, a explorar a possibilidade do Bem, mesmo permanecendo tão perplexo perante o Mal. Jorge Morais
Publicada na Revista NM em 31.05.2015. Foi cortada grande parte do aproveitamento promocional que queria dar aos Açores.
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